FC Porto e CAB protagonizam duelo nos playoffs da Liga Placard
Antevisão com Eric Anderson Jr. e Diogo Gameiro
Atletas | Competições
21 ABR 2021
O FC Porto e o CAB Madeira SAD são os intervenientes de uma das eliminatórias dos playoffs da Liga Placard, com o primeiro jogo a estar agendado para sexta-feira (18h30), com transmissão na FPBtv.
Estivemos à conversa com Eric Anderson Jr. e Diogo Gameiro, que deram a sua opinião sobre este duelo.
Nos “azuis e brancos”, Eric Anderson faz o “raio-x” ao opositor madeirense: “Uma das maiores qualidades do CAB é a capacidade do base em organizar jogadas e envolver toda a equipa. É uma equipa que tem excelentes lançadores e um bom poste”, analisa.
O poste dos “dragões” quer que a equipa jogue “à FC Porto”: “Acredito que a chave para ultrapassar esta eliminatória é jogarmos com todas as nossas forças, ao estilo do FC Porto, e partilhar a bola. Temos de melhorar em todos os aspetos do jogo. Precisamos de elevar o nosso nível e dar um pouco mais a cada dia”, refere.
Eric Anderson não hesita quando se fala da conquista da Liga: “Na minha opinião somos os favoritos à conquista do título, e para os meus colegas também, e agora só temos de o mostrar”, vinca.
O atleta norte-americano diz-se completamente preparado para a fase derradeira da temporada: “Estou pronto para os playoffs. Estamos aqui para ganhar o campeonato, e ser o MVP da equipa não significa muito para mim, é mais um prémio coletivo. Somos uma equipa equilibrada em que qualquer um merecia a distinção de MVP. A experiência aqui está a correr muito bem e estamos entusiasmados pelo início dos playoffs”, destaca.
No CAB, Diogo Gameiro explica como a sua equipa deve abordar os difíceis desafios que aí vêm: “Temos de pensar jogo a jogo, não podemos entrar em grandes euforias nem em grandes “depressões”. Vamos encarar estes playoffs com máxima seriedade, responsabilidade, mas serenos e cientes do momento que estamos a passar. O FC Porto terminou a fase regular com um registo fantástico, e por si só, é claramente favorito. São muitos os aspetos que temos de ter em atenção para ter sucesso, mas considero um ponto essencial controlar o ritmo do jogo (especialmente com um plantel curto como o nosso), e tentar evitar ao máximo grandes oscilações, quer a nível ofensivo quer a nível defensivo. Para além disso, perceber que cada jogo tem uma história diferente, e temos que saber reagir entre jogos, seja após vitoria ou derrota”, salienta.
A turma insular terminou no 7.º posto da fase regular do campeonato, e Gameiro faz uma retrospetiva sobre o percurso do grupo: “A nossa época foi um pouco inconstante, sobretudo na primeira volta. Tivemos algumas lesões logo no início de época, o que fez com que jogássemos com a equipa completa só passados 5 ou 6 jogos do começo do campeonato. Aos poucos fomos melhorando, corrigindo aspetos que não estavam a funcionar tão bem, e sem dúvida de que os jogadores novos que chegaram vieram acrescentar qualidade e consistência à equipa. Tínhamos objetivos bem traçados entre nós, e a 2.ª volta foi a prova de que o 7.º lugar era o mínimo que podíamos atingir. A meu ver, tínhamos qualidade para fazer melhor, mas fico satisfeito por ver como todo o grupo soube reagir e cumprir com o objetivo proposto”, afirma.
O base aponta às vitórias para o CAB: “Creio que o objetivo é comum às 8 equipas que vão disputar estes playoffs: vencer jogos. Até hoje sempre tivemos a consciência tranquila de que tudo fizemos para vencer, e estes jogos que se seguem não vão ser exceção. Estamos a fazer a preparação da melhor maneira possível, mesmo com algumas limitações, mas queremos que no final da época estejamos tranquilos e cientes de que demos tudo o que tínhamos dentro de campo”, diz.
Na hora de falar sobre o FC Porto, Diogo Gameiro enumera as maiores qualidades e recorda os anteriores jogos diante deste adversário: “O FC Porto tem um plantel que, para além da qualidade, é extenso, o que lhes permite jogar com uma intensidade elevada durante o jogo todo. Aliado ao rigor tático que tem a nível ofensivo, é uma equipa que apresenta alguns jogadores que são capazes de criar os seus próprios lançamentos e de desequilibrar individualmente. Os jogos contra o FC Porto, na fase regular, foram completamente distintos. No primeiro jogo estávamos num processo de adaptação às trocas recentes que tinham sido feitas na equipa, mas mesmo assim foi um jogo conseguido da nossa parte. Na segunda partida, alinhámos sem três jogadores, o que alterou por completo a dinâmica da equipa, e por isso sofremos uma derrota pesada. Não existem jogos perfeitos, mas de maneira geral devemos ser mais agressivos na defesa. Temos de ter atenção às rotações defensivas e à recuperação defensiva. Em ambos os jogos, o FC Porto teve demasiados lançamentos abertos e esse é um aspeto que não podemos permitir nestes playoffs”, deixa a nota.