IWBF prossegue reajuste do código de classificação

IPC recusou novo pedido transitório da entidade que tutela o BCR

Atletas
19 ABR 2021

A IWBF – Federação Internacional de BCR – continua a limar o seu código de classificação, com o intuito de estar em conformidade com as normas do IPC – Comité Paralímpico Internacional. Recorde-se que, em 2020, o IPC ameaçou excluir o BCR dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, entretanto reagendados para 2021, e comunicou mesmo a sua expulsão provisória do programa de Paris 2024.

Entre as repercussões mais mediáticas, ressaltam as exclusões de nomes como David Eng (Canadá), George Bates (Grã-Bretanha), Barbara Gross (Alemanha), Annabelle Lindsay, Teisha Shadwell (ambas da Austrália), Cem Gezinci (Turquia), Dagmar van Hinte (Holanda) e Veva Tapia (Espanha). O britânico, que representa atualmente as cores do Mideba Extremadura, da liga espanhola, comunicou recentemente a intenção de fazer uma pausa na carreira internacional de seleções (resta saber se esta se irá estender à de clubes).

Em comunicado, no final de março, a IWBF deu conta de nova tentativa, gorada, de solicitar ao IPC um período transitório para os atletas cuja limitação não se enquadra no rígido código de classificação da entidade máxima do desporto paralímpico, circunstância que lhes permitiria participar nas competições de seleções prevista até setembro de 2021, a saber: Campeonato da Europa B, Campeonato da Europa Sub23 e Jogos Paralímpicos de Tóquio.

De acordo com Regina Costa, Presidente da Comissão de Classificação do Conselho Executivo da IWBF, decorre dentro do estipulado o processo de reavaliação, “dividido em duas fases: Fase 1, os jogadores de classes 4.0 e 4.5 dos países que vão aos Jogos de Tóquio. Fase 2, parte 1: jogadores das restantes classes dos países que vão participar em Tóquio. Partes 2 a 4 da Fase 2: restantes jogadores de todos os países”. Revistos todos os participantes dos Jogos de Tóquio, é neste último segmento que a IWBF centra esforços.

Outro dos vetores da abordagem da IWBF prende-se com a redefinição técnica dos MIC´s, Minimum Impairment Criteria – Critérios de Deficiência Mínima -, a cargo do instituto britânico Peter Harrison Centre for Disability Sport, cujos resultados do estudo em curso serão apresentados à Comissão Executiva e à Comissão de Classificação da IWBF em julho de 2021. “Até ao momento tudo está a decorrer dentro dos prazos”, assevera Regina Costa. Contudo, a responsável máxima da Classificação à escala mundial alerta que tal não irá alterar a situação dos atletas até agora declarados inelegíveis.

Atletas
19 ABR 2021

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