Quem vai chegar à final?
O Terceira Basket não aproveitou o fator casa para se colocar em vantagem playoff da meia-final da Proliga diante um Eléctrico que se mostrou sempre superior e mais preparado para lidar com a pressão do momento.

Competições
6 MAI 2015
O triunfo do conjunto de Ponte de Sor não merece qualquer discussão e, mesmo sendo um revés para a formação do Terceira Basket, a verdade é que nada está decidido. Daniel Brandão, técnico dos terceirenses, assumiu, no final no encontro, que o objetivo passa por atingir a final da Proliga e, como tal, garantir a subida de divisão. O Terceira Basket Clube está obrigado, agora, a ter que vencer os dois jogos que faltam disputar. Difícil, é certo, mas só uma equipa insular ao seu melhor conseguirá travar a experiente equipa do Eléctrico, que está muito próxima de fazer história no clube.
Os terceirenses haviam vencido na Tomás de Borba (78-62) a equipa do Eléctrico FC no jogo da segunda volta da fase regular. Mas o conjunto de Daniel Brandão esteve bastante longe das boas exibições de jogos anteriores, muito por mérito do adversário que condicionou o sucesso do seu adversário.
Aliás, a explicação para a derrota por 75-86 é simples: o Eléctrico foi melhor desde o primeiro minuto e em praticamente todos os capítulos do jogo. Basta referir que a turma de Ponte de Sor venceu todos os parciais e nunca permitiu grandes veleidades, não obstante a tentativa de reação dos insulares no derradeiro minuto da partida.
O Eléctrico não só demonstrou maior capacidade ressaltadora, como também forçou a que os jogadores do Terceira tivessem baixas percentagens de lançamento, especialmente debaixo do cesto. A experiência e capacidade intimidadora de Mário Jorge e Aylton Medeiros ia ditando as regras do confronto, fazendo diminuir a eficácia do tiro dos insulares, com a qualidade do base Tiago Pinto a ser decisiva nos momentos de maior pressão. A tudo isto, o Eléctrico juntava os pontos necessários para comandar sempre a marcha do marcador.
Para ter sucesso em Ponte de Sor, os insulares vão ter que estar mais certeiros a atirar ao cesto, onde o contributo do jogo exterior será igualmente importante. Alexander Kravtsov poderá ter um papel importante, bem como todos os jogadores que passem pelas posições do perímetro.
O problema das faltas, um aspeto que revela igualmente a competência para lidar com a pressão do jogo, poderá tornar-se novamente num aspeto determinante para o desenrolar da partida. No primeiro jogo, Tiago Tomassi e Bruno Cavalcante, cedo cometeram muitas faltas, limitando ainda mais as opções ao treinador da equipa terceirense. Matthew Devine apareceu no jogo durante a 2ª parte do 1º jogo, mas está obrigado a ter mais protagonismo e a bater-se melhor pelo domínio nas áreas próximas do cesto.
Este núcleo duro de jogadores do Eléctrico já tem um enorme trabalho de continuidade, juntos já viveram muitas batalhas, altos e baixos, vitórias e derrotas, uma experiência acumulada que lhe poderá ser agora determinante para poder chegar ao principal escalão da modalidade.