Seleção de 3×3 de BCR ambiciona estreia internacional em 2023

Os técnicos Fernando Lemos e Daniel Pereira abordaram o projeto

Competições
30 NOV 2022

Nos dias 1 e 8 de dezembro, cumprem-se dois estágios de observação, em Vila Nova de Gaia e Luso, com o objetivo de formar uma seleção nacional de 3×3 de BCR. Em 2023, preveem-se a realização de quatro eventos desta variante, em Madrid, Atenas, Roma e Lisboa, onde Portugal quer marcar presença.

Na antecâmara do começo dos trabalhos, ouvimos Fernando Lemos, treinador do GDD Alcoitão, e Daniel Pereira, treinador da APD Lisboa e adjunto da seleção nacional sub23, que irão integrar a equipa técnica da futura seleção, ao lado de Marco Galego e Ricardo Vieira.

Em crescendo de popularidade, quer na esfera convencional, quer no BCR, o 3×3 pode catapultar a modalidade para uma maior projeção, na ótica de Fernando Lemos. “Vejo esta vertente do basquetebol não como um futuro, mas sim como um presente emergente, e já com provas dadas no basquetebol a pé, inclusivamente com resultados consideráveis nas nossas seleções nacionais. Penso ser um caminho a trilhar na vertente do BCR, não só para cimentar o trabalho efetuado, mas principalmente para dar palco a novos atletas que estão a surgir, contribuindo para uma maior divulgação da modalidade e consequente incremento no recrutamento de novos potenciais atletas”, sintetizou.

Acrescem as facilidades no desenho competitivo, bem como no tocante ao volume e frequência de treino. “Qualquer campo ao ar livre é um espaço de treino e competição no 3×3, o que contraria as dificuldades que os clubes têm em dispor de pavilhões para treinar e jogar na vertente de 5×5. Assim, penso que inclusivamente será mais fácil o surgimento de novos projetos em locais onde o recrutamento humano e logístico seja mais difícil!”, rematou.

Daniel Pereira converge no entendimento de que o “3×3 tem tudo para ser um bom veículo de promoção do BCR e por arrasto do 5×5”. O timoneiro da APD Lisboa vê nesta vertente uma possibilidade para Portugal subir de rendimento e lutar em palcos mais exigentes. “Podes ter um campeonato com o dobro ou mais das equipas que temos no 5×5, logo, mais competição. Mas tudo passa pelo atleta. Podemos dar boas condições, mais competição, contudo, se os atletas se resignarem a fazerem dois treinos e jogo ao fim de semana, depressa se torna em apenas mais uma vertente do BCR. O mais importante de tudo é teres ou formares atletas com mentalidade do que é ser atleta de alta competição”, resumiu.

Recordamos aqui a convocatória para este primeiro estágio de observação, no CAR de Vila Nova de Gaia.

 

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30 NOV 2022

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