Vitória SC e Galitos defrontam-se na cidade-berço
Bárbara Souza e Daniela Domingues anteveem jogo da Liga Skoy
Atletas | Competições
6 NOV 2020
A sétima ronda da Liga Skoiy inclui a receção do Vitória SC ao Galitos/Clínica Dr. Semblano, este sábado, a partir das 15 horas, com transmissão na FPBtv.
Estivemos à conversa com duas jogadoras que dispensam apresentações: Bárbara Souza, que reforçou as “conquistadoras” esta temporada, e Daniela Domingues, peça-chave da turma aveirense.
Barbara Souza não olha para os números do Galitos, ainda sem ganhar, e analisa o adversário: “Conhecemos bem o Galitos, pois tivemos um confronto durante a pré-temporada, e já pude acompanhar alguns jogos seus contra outras equipas. É um conjunto coletivo, que sobressai com a qualidade individual das jogadoras exteriores”, aponta.
A jogadora, de 29 anos, não poupa nos elogios ao grupo de trabalho minhoto, que começou muito bem a época, e almeja o objetivo mais desejado: “A nossa equipa destaca-se pela dedicação, trabalho, empenho de todas as jogadoras e corpo técnico. Estamos alinhadas nos mesmos propósitos e acredito que os resultados são as respostas do que temos feito. Ainda há muito que melhorar! Mas seguimos confiantes e a trabalhar intensamente. Se queremos conquistar o título? Mas há outro objetivo?”, não hesita.
Barbara Souza é uma das categorizadas internacionais brasileiras que entraram no basquetebol português, esta época, e mostra-se satisfeita com a nossa competição: “As oito atletas brasileiras que chegaram, esta temporada, a Portugal, correspondem bem àquilo que o jogo pede. Acredito que o sucesso não tem fórmula mágica. É trabalhar duramente todos os dias e entregarmo-nos completamente. Colhemos sempre aquilo que plantamos, e por isso acredito que o meu regresso a Portugal é fruto de tudo aquilo que plantei nos últimos anos. Estou super adaptada ao Vitória SC e à minha função na equipa. A Liga tem crescido época após época e isso me agrada-me muito”, afirma.
No clube da cidade-berço, a poste tem assumido funções de base, algo que é do seu agrado: “Eu penso que não nos podemos cingir a uma única coisa, não podemos limitar aquilo que somos ou que podemos ser. O basquetebol é amplo e dentro dele existem várias vertentes. Podemos ser verdadeiros camaleões e adaptar-nos àquilo que é proposto. Claro que estamos sempre a aprender, e eu estou muito feliz por poder desempenhar um papel tão importante dentro de campo, que é pensar e ler o jogo como uma base”, vinca.
O Galitos ainda não venceu, e Daniela Domingues dá a receita para que os bons resultados possam aparecer: “Somos uma equipa com um plantel muito jovem e inexperiente nesta Liga, faltando-nos a intensidade adequada à qualidade da competição. Dois dados estatísticos a melhorar são o aumento das percentagens de lançamentos e o número de assistências. Estes dois aspetos são melhorados através de boas decisões com partilha de bola”, analisa.
A internacional portuguesa, de regresso à Liga, assume que também está a sentir algumas dificuldades: “O meu regresso à Liga está a ser um pouco atípico, devido ao contexto que vivemos, tendo de conciliar as responsabilidades profissionais com o desporto. Em todos os jogos sinto-me fora da zona de conforto, uma vez que me habituei a ritmos mais baixos e jogos fisicamente menos intensos”, confessa.
Mas Daniela Domingues não esconde que é uma espécie de “farol” na equipa: “Nesta minha readaptação à competição, a experiência tem sido a minha mais-valia. Acredito que, coletivamente, é um fator benéfico para as minhas colegas, uma vez que me veem como uma segurança para a estabilidade da equipa”, refere.
Quanto ao Vitória SC, a base salienta o “grande equilíbrio na relação do jogo exterior/interior” e “a tomada de decisão, no qual identifica rapidamente as vantagens criadas”.