Artigos da Federaçãooo

Para este ano letivo, todas as escolas que se inscreverem e aderirem ao projeto recebem um kit com três bolas, que será entregue no início do ano letivo de 2019/2020.

A FPB TV falou com os principais protagonistas do draft da Jr. NBA League Lisboa que se realizou no último sábado, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, evento que marcou o arranque oficial de mais uma edição da parceria que une a Federação Portuguesa de Basquetebol, a NBA e o Desporto Escolar.

Acompanhem aqui a reportagem do evento!

A FPB entrevistou a dirigente internacional, que se mostra agradecida pelo reconhecimento demonstrado!

A Regina Costa é a nova Presidente da Comissão de Classificação do Conselho Executivo da IWBF, cargo máximo na área em termos mundiais. O que representa para si este passo na sua carreira? Em que aspetos residirão as suas tarefas?

Representa reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo destes 18 anos no mundo da classificação de basquetebol em cadeira de rodas. É bom ser reconhecida pelos colegas! As minhas responsabilidades e tarefas residem na atualização de toda a documentação, bem como a coordenação da evolução do próprio sistema, assim como dinamizar a formação de novos classificadores e divulgar a modalidade e o sistema de classificação. Serei parte da ligação ao IPC (International Paralympic Committee) em todos os assuntos referentes à classificação no basquetebol em cadeira de rodas. Serei responsável da nomeação de classificadores para as principais competições mundiais e a ligação entre todas as zonas.

Fale-nos um pouco do seu trajeto nesta área. Como começou e como foi evoluindo?

Na verdade, o meu primeiro contacto com o basquetebol em cadeira de rodas começou quando tinha apenas 10 anos e acompanhava a minha mãe aos treinos da equipa onde era treinadora! Mais tarde tornei-me jogadora de basquetebol e quando terminei o curso de fisioterapia, mais uma vez a minha mãe, achou que a área da classificação poderia ter interesse para mim, e quando esteve cá em Portugal um classificador internacional lá fui eu ver como funcionava todo esse processo. Isto aconteceu no ano de 1998 e foi quando comecei a minha formação na área, tornando-me classificadora ao nível da Europa e em 1999 classificadora internacional. Em 2007 fazia parte da Comissão de Classificação Europeia e da Comissão para Incapacidade Mínima. Em 2011 fui eleita para ser a Presidente dessa mesma Comissão e passei a fazer parte da Comissão de Classificação a nível Mundial. Em 2012 houve o primeiro curso para formação de instrutores, para o qual fui convidada, sendo formadora até hoje. No passado Campeonato Mundial fui eleita para ser a Presidente da Comissão de Classificação a nível mundial, posição que me deixou muito feliz por ver o meu trabalho reconhecido! Durante todo este período tenho trabalhado a nível nacional, classificando atletas e na formação de novos classificadores.

Como olha para o basquetebol em cadeira de rodas português? Pensa que há muita margem para evoluir? Há mais interesse?

Penso que o basquetebol em cadeira de rodas em Portugal tem muita margem para evoluir, mas será um trajeto difícil e que exige muito trabalho de todos os que estão envolvidos na modalidade. Isto inclui não só os responsáveis a nível federativo, mas também os atletas, treinadores e clubes. Não é uma modalidade fácil devido aos custos envolventes, nomeadamente as cadeiras de rodas, mas que nos dias de hoje já começam a estar um pouco mais acessíveis. Penso que após um período muito mau, em que chegámos a interromper o Campeonato Nacional por uma época, penso que se está a fazer um esforço para haver mais organização e disciplina na modalidade. Esta é uma batalha difícil, mas que na minha opinião é a mais importante. Se queremos que a modalidade evolua temos que deixar de a considerar como recreativa e aceitar os direitos e deveres inerentes à competição desportiva. A integração da modalidade na FPB já está a ter os seus benefícios e espero que possa vir a despertar o interesse de muitas pessoas que não conhecem a modalidade e as suas potencialidades.

No âmbito desta e a par do reforço dos recursos humanos do Departamento, já concretizado na área do suporte administrativo e em vias de concretização na do enquadramento técnico, foi decidido redefinir as funções de dois dos técnicos que integram a Equipa Técnica Nacional – Mário Gomes e Nuno Manaia.

Assim, Nuno Manaia passará, a partir desta data, a desempenhar o cargo de Diretor Técnico Nacional e Mário Gomes terá a seu cargo a coordenação técnica das Seleções Nacionais e do acompanhamento dos/as jogadores/as de interesse nacional, continuando também a desempenhar as funções de Selecionador Nacional de seniores masculinos.

A Direção da FPB está certa de que estas medidas permitirão ao Departamento Técnico uma melhor capacidade de resposta às exigências que o desenvolvimento da modalidade nos coloca, designadamente na área da melhoria da qualidade do jogo, em estreita colaboração com as Associações Distritais.

Da ordem de trabalhos fizeram parte a aprovação da proposta de reestruturação do Departamento Técnico da FPB, uma intervenção do Conselho de Arbitragem da FPB e a continuação da discussão do Plano de Atividades e Orçamento para 2019.

No âmbito deste último ponto, mereceram especial atenção a conclusão da definição dos critérios de aplicação do Projeto Valorizar aos clubes que participam nas competições nacionais do escalão sénior, o projeto de apoio aos clubes e Associações com jogadores nas Seleções Nacionais e o Programa Nacional de Promoção do Basquetebol, nomeadamente no seu eixo ligado ao Projeto 3×3 BasketArt.

Esta ação contou com preleções a cabo dos oficiais de mesa FIBA Eduardo Azevedo e Rui Azevedo e dos elementos do Conselho de Arbitragem António Coelho e Manuel Mendes.

Na ação, onde os oficiais de mesa fizeram testes teóricos, foram trabalhadas as últimas alterações às regras da FIBA, já em vigor no nosso país, e definidos critérios e orientações técnicas para uniformização do trabalho na época desportiva que agora se inicia.

Em anexo podem encontrar toda a informação.

Eis a ordem de trabalhos:

1 – Alteração das regras FIBA 2018

2 – Diversos

Depois da Final 8 da Taça de Portugal masculina, a Supertaça feminina de basquetebol. Estamos a assistir a um crescimento da modalidade na cidade?

Em Braga temos vindo a apostar na melhoria das condições da prática desportiva, quer para os atletas de alta competição, quer da população em geral. A par da requalificação de espaços para a prática desportiva, como o Parque da Rodovia ou o próprio Altice Forum Braga, que tem todas as condições para receber grandes competições desportivas, temos vindo a adotar políticas de igualdade na distribuição dos apoios à prática desportiva, tratando todas as modalidades e clubes por igual e em articulação com todos os agentes da sociedade.

Quais são as expectativas para este ponto alto da nossa modalidade?

A Supertaça feminina de basquetebol será, certamente, mais um grande evento no âmbito da Cidade Europeia do Desporto 2018. É uma final que coloca frente a frente a equipa atual campeã nacional e a detentora da Taça de Portugal, aspetos que nos fazem antever um grande espetáculo, desde logo para os apoiantes das duas equipas, como também para os bracarenses que poderão ver em ação duas das melhores equipas nacionais e viver mais um grande momento de exaltação do desporto.

O SC Braga tem dado cartas no basquetebol. Trata-se de mais uma prova da evolução da modalidade na região?

À semelhança de outras coletividades desportivas da cidade, o SC Braga tem vindo a fazer um importante trabalho ao nível da formação desportiva, humana e social dos atletas que praticam esta modalidade. A prova disso está nos títulos conquistados e que servem de estímulo às camadas mais jovens a continuar a trabalhar para fazer cada vez mais e melhor.

Que balanço se pode fazer de "Braga 2018 – Cidade Europeia do Desporto"? Quais os pontos altos até agora e aquilo que ainda está a caminho?

A Cidade Europeia do Desporto é um título que reconhece Braga como exemplo europeu na promoção do desporto para todos e, a esse nível, estamos a viver, verdadeiramente, um ano de afirmação desportiva. Nos últimos meses, a cidade tem sido palco de centenas de eventos desportivos de diferentes modalidades, desde o remo indoor, passando por competições internacionais de ginástica, ciclismo, basquetebol, atletismo, ténis, rugby, karaté, desporto escolar, desporto universitário e desporto adaptado, uma infinidade de eventos de mais de 40 modalidades que têm comprovado a nossa capacidade para acolher grandes competições. Acreditamos que a Cidade Europeia do Desporto está a deixar um legado de enorme valor para o futuro dos bracarenses e para a sua qualidade de vida.