Artigos da Federaçãooo

A ação será creditada com 0,6 UC para a revalidação da TPTD na Componente Geral.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas e obrigatórias para geral@treinadores.pt indicando o nome, modalidade e NIF.

Esta é uma ação do projeto europeu CSI – Coach Sport Integrity, que desenvolve as áreas da Dopagem, Manipulação de Competições e Boa Governação.

A FPB entrevistou a equipa técnica da turma das quinas, composta pela treinadora Mariyana Kostourkova e pelos adjuntos João Janeiro e André Janicas.

Vice-campeonato europeu, subida de divisão, percurso de sete vitórias e uma derrota, e Ana Barreto no cinco ideal. Esperavam uma campanha fantástica como esta, no Europeu?

Fomos percebendo ao longo da preparação quais as características que podiam potenciar o nosso grupo. Dispor também de oito jogadoras no grupo final do CAR, a trabalhar durante o ano juntas, foi uma vantagem.

Partimos com um princípio, de que contra quem jogássemos tínhamos de obrigar os adversários a jogar longe do cesto, o maior tempo possível. Ganhámos uma identidade ao longo da preparacão.

Criar desconforto às seleções no seu jogo ofensivo era um objetivo sempre presente, e além disso escondermos o mais possível a nossa debilidade física. Focámo-nos naquilo que podíamos também ser bons.

Equipas de leste não gostam de pressão, de defesas agressivas, mas essa passou a ser a nossa praia. À medida que fomos avançando no Europeu a confiança aumentou, o medo e a falta de experiência internacional foram esquecidos, e sonhar era obrigatório.

No fim, o sonho tornou-se realidade, a subida era uma certeza, jogar a final era um grande prémio coletivo. O facto da Ana Barreto ter feito parte do cinco ideal foi um aviso de que tem de trabalhar muito para se afirmar como jogadora no futuro e, naturalmente, um resultado da equipa.

Quais os aspetos que mais vos impressionaram na equipa?

Nada nos impressionou. Acreditámos que aquilo que fazíamos podia fazer-nos subir ao melhor nível. Fomos de uma competência extrema.

Destacam algum momento-chave ao longo da competição?

A inversão de um resultado negativo contra a Irlanda, a perder por 23 pontos de diferença, e vencer no buzzer, foi uma recuperação histórica, alicerçada num grande espírito de equipa e de entrega total, que disparou os índices de confiança ao máximo.

O que significou para vocês, enquanto equipa técnica, comandar o grupo num momento histórico como este?

Orgulho e responsabilidade. Veio-nos  à memória a despromoção à Divisão B em 2016, num Europeu muito duro, em Itália.

Agora foi uma satisfação enorme voltar à elite da Europa, mas perceber que se tem de trabalhar muito para competir de igual para igual com as potências da Europa, com países que têm estruturas de formação profissionais. Estagiar um mês antes do torneio e ir para o Campeonato da Europa não chega para nada. E pode ser mais do mesmo.

Olhando para o futuro, e para a presença na Divisão A, como projetam o ano que vem? Há muito talento e capacidade para consolidar uma posição?

Depois de estabelecido o planeamento, naturalmente que o plano de ação pretenderá chegar a uma base de recrutamento, que já está a ter acompanhamento através das ações das seleções de Sub14 e Sub15.

Mais importante, e que todos têm de perceber, é que tudo isto apenas faz sentido se todos colaborarem por um objetivo comum. Trabalhar para jogarmos de igual para igual na Divisao A.

E não podem ser as competições regionais e nacionais, mais a preparação da Festa do Basquetebol, um entrave para a preparacão da Seleção Nacional. O talento, no dicionário, aparece antes do trabalho, mas é só no dicionário.

Por isso não acreditamos no talento natural, na nossa modalidade, isso não existe. Na próxima batalha esperamos, sim, é muito trabalho para fazer as jogadoras crescer, com a ajuda, claro está, dos treinadores, dirigentes, clubes, Associações, e Federação.

E isto tem de ser uma prioridade de todos, não só daquelas que vão jogar a Divisão A, mas para todas as nossas Seleções.

Os dois atletas, que representaram Lyon Basket (Nationale A) e Meylan Grenoble (Nationale B e recém-promovido à Nationale A), respetivamente, colocaram um ponto final num percurso pontuado por vários êxitos e ligado aos momentos altos da Seleção Nacional: a conquista do Campeonato da Europa C em 2007 e o vice-campeonato na mesma categoria em 2015, que valeu a subida à divisão B.

Aos 37 anos, Valter Mendes (4.0) põe termo a um trajeto de 21 anos dedicados ao basquetebol em cadeira de rodas.

O poste, que vestiu as cores da APD Leiria entre 1998 e 2014, venceu dois Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal ao serviço da formação do centro do país antes de rumar à cidade francesa de Lyon.

Por lá, ajudou o Lyon Basket Fauteil a ganhar a Nationale C e B para depois se consolidar nas duas últimas épocas na Nationale A, a elite do BCR gaulês.

No plano internacional, Valter envergou a camisola da Seleção Nacional em dois Campeonatos da Europa marcantes: em 2007, ano em que Portugal obteve o seu único troféu internacional ao coroar-se campeão da Europa da divisão C, na capital irlandesa, Dublin; e em 2008, altura em que a equipa nacional alcançou o objetivo da manutenção na divisão B, feito também ainda por repetir.

Já no caso de Nuno Neves (2.0), a retirada é mais precoce. O base/extremo de 32 anos iniciou-se na modalidade em 2008, sagrando-se pouco tempo depois campeão francês Sub22, por regiões.

No Meylan Grenoble Handibasket, clube onde passou a sua carreira, o ex-internacional português jogou várias épocas no máximo escalão francês, assim como na Nationale B, além de acumular várias participações nas provas europeias.

Na última época, com o seu contributo, a formação dos Alpes voltou a alcançar o objetivo da promoção à Nationale A graças ao primeiro lugar na fase regular, enquanto a nível europeu, na fase preliminar da Euroliga 3, apesar de gorada a qualificação para a fase final, Nuno Neves foi um dos rostos que permitiu à sua equipa lutar até ao fim e viu premiado o desempenho com a eleição para o cinco ideal da competição.

No que toca ao percurso na Seleção Nacional, o base/extremo ficou às portas da estreia no Campeonato da Europa B, em 2010, por motivos de ordem pessoal, depois de ter sido convocado pela então selecionadora, Inês Lopes.

A primeira e única participação em Europeus viria a consumar-se em 2015, onde a jogar em casa, em Lisboa, a Seleção Nacional escreveu outra página memorável da sua história ao chegar à final do Campeonato da Europa C e assim regressar à divisão B.

A FPB agradece ao Valter e ao Nuno pela dedicação à modalidade e deseja as maiores felicidades a ambos nesta nova etapa.

Atualização

FC Porto e UD Oliveirense têm pela frente clubes da LEB Oro, 2.ª Divisão espanhola, no caso Club Ourense Baloncesto e CB Breogán SAD, respetivamente, este sábado (17h e 21h).

No domingo realiza-se o jogo de atribuição do 3.º e 4.º lugar (14h30) e a final (17h).

A ação terá lugar no Complexo Desportivo do Sangalhos, estando certificada pelo IPDJ para a renovação do TPTD.

Jorge Adelino Soares, Rui Pedro Nazário, Norberto Alves, Raul Santos, Graham Wilson e André Martins serão os preletores.

Notas Finais

1ª Eliminatória

Proliga – Sul B