Artigos da Federaçãooo

“Queremos continuar a dar visibilidade aos protagonistas do basquetebol nacional”

Os Liga Betclic Awards marcaram mais uma temporada de parceria entre a Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) e a Betclic. Foi no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, que mais de 500 pessoas se uniram para homenagear algumas das grandes figuras do basquetebol nacional atual.

Manuel Fernandes, presidente da FPB, e Pureza Vasconcelos e Sousa, Country Manager da Betclic, consideraram o evento um sucesso e um importante momento de celebração do melhor que o basquetebol nacional tem para oferecer. O líder federativo afirmou tratar-se de um um “importante momento de promoção da modalidade”, enquanto Pureza Sousa deixou uma mensagem: “Queremos continuar a dar visibilidade aos protagonistas do basquetebol nacional”.

Os premiados também aproveitaram a oportunidade para deixar algumas palavras sobre a sua época e o reconhecimento que receberam. Na Liga Betclic Feminina, Joana Soeiro, Márcia da Costa Robalo, Inês Neto, Daniela Domingues, André Janicas, Raphaella Monteiro e Joana Pessoa não esconderam o contentamento.

O mesmo aconteceu na Liga Betclic Masculina, com Cléusio Castro, José Barbosa, Fernando Sá, Marquise Moore e Sérgio Silva também mostraram a sua alegria ao receber os troféus das respetivas categorias.

Tal como na edição passada, este ano os Liga Betclic Awards também homenagearam algumas figuras que marcaram a história do basquetebol português. Mery Andrade, antiga internacional portuguesa que brilhou nos Estados Unidos e pela Europa, recebeu o “Prémio Carreira” e não escondeu a emoção.

O “Prémio Excelência” foi para Hermínio Barreto, figura incontornável da modalidade que faleceu em dezembro, enquanto o “Prémio Homenagem” pertence a Henrique Vieira, outra personalidade de referência do basquetebol português que faleceu em julho. Os familiares de ambos marcaram presença na gala e foram aplaudidos de pé por todos os presentes.


“Foi uma honra ser escolhido para desenhar este campo”

Este domingo assinala um momento histórico para o universo 3×3 BasketArt com a inauguração do primeiro campo sob a égide da Associação de Basquetebol de Santa Maria, em Vila do Porto, o segundo no arquipélago dos Açores.

A inauguração deste novo espaço, situado na Estrada da Birmânia (Coordenadas GPS: 36°57’27.35”N 25°09’03.91”W – aqui), decorre no domingo, dia 14, a partir das 15 horas. Na antecâmara da inauguração, a FPB falou com João Pimentel, o artista que criou o conceito presente no campo 3×3 BasketArt de Vila do Porto.

Qual é a sensação ao ficar associado ao primeiro campo de 3×3 BasketArt, de sempre, na Ilha de Santa Maria?

Foi uma honra ser escolhido para apresentar uma solução em desenho. Tendo sido desportista em várias modalidades na Ilha, gostei da ideia de ajudar outra modalidade a crescer aqui.

Como surgiu este desafio? Como descreve o processo de criação? Quais foram os maiores desafios?

A oportunidade surgiu de uma conversa com um dos responsáveis pela modalidade na Ilha. O maior desafio foi conseguir agregar um pouco de tudo aquilo que nos representa num desenho.

Em que ideias se inspirou?

O “vermelho saibre” do fundo representa a terra vermelha da Ilha; a torre de controle aéreo, imponente logo na chegada à Ilha, pretende homenagear a história que o aeroporto e Santa Maria têm na aviação portuguesa e mundial desde a II Guerra Mundial, e ainda hoje em dia com o Centro de Controle Oceânico do Atlântico; as chaminés típica da Ilha, idênticas às do Algarve, pretende homenagear os primeiros povoadores de Santa Maria, já que alguns dos primeiros povoadores são de lá originários; finalmente, a grande Antena “Parabólica”, que está atualmente na Ilha e que pertence ao projeto europeu “Galileu”, pretende representar a esperança que o povo mariense tem na política para a exploração do espaço que Portugal agora tem e que terá como uma das bases Santa Maria.

Para que fiquemos a conhecer melhor o seu trabalho enquanto artista, pode falar-nos um pouco da sua atividade?

Faço um pouco de desenho, pintura, decoração de interiores, peças em ferro com material reciclado, pequenos móveis e acessórios, etc., etc. Tenho uma banda de rock, gosto de motas, viajar… enfim, tento estar sempre entretido com algum projeto para ajudar a passar o tempo na Ilha, cujo inverno, principalmente, pode ser entediante.

Recordamos que o 3×3 BasketArt é um projeto que faz parte do programa nacional de promoção do basquetebol que tem como objetivo trazer a modalidade para a rua e que consiste em desafiar todos os municípios do país a constituírem-se como parceiros da Federação Portuguesa de Basquetebol na promoção de hábitos saudáveis de vida dos seus habitantes através da prática informal do basquetebol.


Sardoal perto de acolher campo 3×3 BasketArt

É já este sábado, a partir das 15 horas, que a Associação de Basquetebol de Santarém inaugura o seu segundo campo 3×3 BasketArt, desta feita no Sardoal.

Numa organização conjunta entre a Federação Portuguesa de BasquetebolAB Santarém e Câmara Municipal de Sardoal, com o apoio da Junta de Freguesia de Sardoal e da Associação de Jovens Sardoalenses, este será o 34.ª campo 3×3 BasketArt do país.

Para saber mais sobre a importância que este espaço, localizado na Rua Rainha Santa Isabel – Tapada do Milheiriço (Coordenadas GPS: 39°32’12.6″N 8°09’46.9″W – aqui), terá para a localidade e a sua população, a FPB falou com Adriano Martins, presidente da Associação de Jovens do Sardoal.

Como surgiu esta hipótese de um campo 3×3 BasketArt no Sardoal?

Já era algo muito desejado no Sardoal, até mesmo porque no ringue onde surgiu este campo de 3×3, antigamente, havia duas tabelas de basquetebol, que com o uso se foram degradando. Tirando isso nunca houve, até agora, tabelas ou campos ao ar livre para podermos jogar, até mesmo porque este tipo de basquetebol, para treinar, pode ser feito individualmente, o que é uma mais-valia para os nossos jovens que, sozinhos, acabavam por não usar o ringue. A ideia do primeiro campo 3×3 surgiu em conversa com Pedro Rosa, elemento da Câmara Municipal do Sardoal, e assim juntou-se o útil ao agradável. Podemos oferecer aos nossos jovens condições para usufruir de outras modalidades desportivas.

Qual é a importância deste momento para a vila?

A meu ver é bastante importante, é um marco bom para o Sardoal e para a sua oferta desportiva (temos também a decorrer, no próximo domingo, a inauguração do Centro de Cycling do Sardoal). É mais um momento de união para os nossos jovens e mais um espaço onde podem desenvolver as suas capacidades desportivas.

Quais foram os maiores desafios na pintura do campo? Como decorreu o processo?

Na pintura, os maiores desafios foram alguns elementos da parte central do desenho que exigiram um pouco mais de técnica. Felizmente foram superados, dado o facto de sermos uma equipa dinâmica e orientada para a resolução de problemas.

Como foi a adesão ao concurso lançado por vós? Qual a foi a ideia que acabou por ganhar o concurso?

A adesão foi um bocadinho inferior ao expectável, tendo em conta o facto de haver um prémio bastante atrativo. A ideia que acabou por ganhar o concurso foi a do Martim Lopes e o concurso teve como júri um representante da AJS (Associação de Jovens do Sardoal), que fui eu, Pedro Rosa (autarquia do Sardoal) e Miguel Alves (presidente da Junta de Freguesia do Sardoal). A ideia do Martim foi a vencedora, tendo em conta a facilidade na execução, o apelo da mesma ao Sardoal e o facto de se integrar melhor no campo.

Podes falar-nos um pouco sobre a Associação à qual preside? Ainda para mais tratando-se de uma zona do interior do país, este grupo de jovens assume um papel ainda mais importante?

É sempre difícil de responder a esta pergunta. Eu já faço parte da Estímulo – Associação de Jovens do Sardoal desde 2015 (oficialmente), e desde essa altura que faço parte da direção da mesma, havendo apenas um mandato em que fui vice-presidente. Não tão oficial, sinto que sempre fiz parte da AJS, e é este o sentimento que tento incutir aos jovens aqui no Sardoal. A AJS sempre foi um conjunto de amigos e o estatuto associativo era um meio para podermos realizar alguns sonhos ou ideias que tínhamos, bem mais fácil do que por nome próprio e também para proporcionar ao Sardoal e aos seus habitantes boas experiências, desde workshops (fotografia, auto-defesa, etc), encontros de bulldogs franceses, “Festival Estímulo”, que conta com mais uma edição este ano, festejos da Páscoa, noites temáticas, algumas atividades de cariz solidário, etc. Em relação ao fator interior, eu acredito muito neste amor que sinto pelo Sardoal e gosto imenso da minha terra, portanto para mim este desafio foi sempre irrecusável, tanto que tenho um papel bastante ativo não só na AJS, mas como noutra Associação do Sardoal (Filarmónica União Sardoalense), na Assembleia Municipal, da qual sou deputado pelo PSD, e também no Grupo Desportivo e Recreativo “Os Lagartos”, clube onde joguei futebol durante muitos anos. Isto tudo leva aos dias de hoje e a esta relação com a AJS e com os nossos jovens. É minha missão tentar que eles voltem sempre a casa e que tenham motivos para voltar. Sinto que temos um papel importante porque criamos espírito de entreajuda nos nossos jovens, damos sentido de responsabilidade pelas atividades que desenvolvemos e lutamos sempre para que possamos voltar ao nosso Sardoal e nos sintamos bem.

A FPB também esteve à conversa com Martim Lopes, o jovem que criou o design do campo e que venceu um concurso lançado pela Associação de Jovens Sardoalenses.

“A sensação é boa e gostei muito pois adoro basquetebol. Inspirei-me no símbolo do Sardoal – o lagarto – e vendo emblemas de clubes de basquetebol famosos. Ao longo do tempo fui desenhando cada vez mais até chegar ao conceito final, também com as ideias que a minha família me deu”, explicou o artista.


038 | CONSELHO DE DISCIPLINA

Conselho de Disciplina – P.189, P.190 e P.192 da época 2022/2023


Liga Betclic Awards considerados um sucesso

A segunda edição dos Liga Betclic Award terminou em clima de festa com a celebração das principais figuras da Liga Betclic Feminina e Masculina, mas também de algumas das maiores personalidades do basquetebol português.

Foram vários os atuais e antigos atletas, treinadores e dirigentes que marcaram presença no Pavilhão Carlos Lopes e deixaram a sua opinião. Laura Ferreira e Inês Viana, da seleção nacional de seniores femininos, bem como Inês Ramos e Miguel Monteiro, das seleções jovens portuguesas, e Britta Daub, atleta campeã nacional pelo GDESSA Barreiro, destacaram a importância deste momento para o convívio entre jogadores.

Ticha Penicheiro, Carlos Andrade, Elvis Évora, Francisco Jordão e Joana Fogaça, antigos internacionais portugueses que representaram o país ao mais alto nível, bem como Mário Palma, treinador emblemático do basquetebol nacional, não esconderam a alegria neste dia de celebração da modalidade.

Também estiveram presentes várias figuras federativas na passadeira vermelha dos Liga Betclic Awards. Mário Gomes, selecionador nacional de seniores masculinos, Helena Aires, vice-presidente da FPB, Gil Cruz, diretor de competições da FPB, e Nuno Manaia, diretor técnico nacional, destacaram o impacto humano de um evento destes, mas também a visibilidade que dá ao basquetebol.


“Queria estar a um bom nível e penso que correspondi”

Terminada a sua primeira temporada na Islândia, Simone Costa falou à FPB sobre a sua experiência em território islandês, ela que na sua carreira já conta com passagens pelos Estados Unidos (Georgia Bulldog e Independence Pirates) e Inglaterra (Nottingham Wildcats).

Simone jogou na última temporada no Valur, na Islândia, depois de uma época no Sportiva com quem chegou à final da Liga Betclic Feminina (2021/2022). A internacional lusa fez um balanço do seu ano, ela que celebrou a conquista do campeonato nacional, algo que já procurava há bastante: “Foi uma época bastante positiva para mim. Conseguimos ganhar o campeonato nacional, o que para mim era uma meta desde 2019.  Em termos individuais, tive um novo papel nesta equipa, diferente do ano passado. Foi uma boa experiência”, atenta.

“Este campeonato foi uma surpresa. É uma liga muito física e evolui nesse aspeto. Queria estar a um bom nível e penso que correspondi”, afirma a atleta lusa, que confessa que a adaptação não foi muito simples: “Confesso que viver na Islândia não é mesma coisa que viver em qualquer outra parte do mundo, em grande parte devido ao seu clima e geografia. Nos meses de frio foi difícil. Mas consegui fazer essa adaptação”, acrescenta.

Chamada novamente para os trabalhos da seleção nacional de seniores femininos, Simone explica estar “feliz” com a sua época e admite: “Em termos coletivos não podia pedir mais”.


Gustavo Costa despede-se da arbitragem internacional

A fase final da Euroliga 2, disputada em Badajoz, de 28 a 30 de abril, serviu de pano de fundo para a última presença de Gustavo Costa na arbitragem internacional. Com um vasto currículo, rico em finais internas e fora de portas, um dos mais consagrados árbitros nacionais de BCR decidiu pôr termo à etapa como juiz IWBF. No seu trajeto, ressaltam nomeações para mais de uma dúzia de Final-8 de provas internacionais de clubes, entre as quais a Champions League, maior montra europeia, a final da Challenge Cup (agora Euroliga 3), em 2013, que coroou Hugo Lourenço (4.0) e Marco Gonçalves (1.5), a final da Taça Willi Brinkmann (corrente Euroliga 2, em 2016, e a final do Europeu C, de 2017.

Em entrevista à FPB, o experiente juiz dedica um olhar aprofundado aos momentos marcantes do seu percurso e analisa a evolução, bem como o estado atual da arbitragem nacional e internacional no BCR. Gustavo Costa lança ainda o repto aos mais jovens árbitros e assinala os benefícios de apitar esta desafiante vertente do jogo para promover os índices de concentração, aludindo à transferência positiva de conhecimentos para melhor arbitrar o basquetebol convencional.

 

1 – Que balanço de uma tão longa carreira internacional no BCR? 

Esta é uma questão de difícil resposta, mas posso dizer que estou satisfeito considerando a realidade do BCR português ao longo dos últimos 20/25 anos. A nível europeu, consegui arbitrar praticamente todo o tipo de eventos e fiz 3 finais, 2 de clubes e 1 de seleções, mas penso que para ser perfeito faltou uma nomeação para um ponto alto mundial. A minha carreira ficou um pouco marcada por alguma impreparação inicial, talvez condicionada pelo nível do jogo e da arbitragem do BCR Português no final da década de 90 e no início da década seguinte. Penso que demorei algum tempo a dar um salto técnico que me preparou para outro BCR e, a partir daí, isso refletiu-se na qualidade do desempenho e consequentemente nas nomeações recebidas.

No final da década de 90, existia em Portugal um árbitro internacional IWBF (Nuno Carocha), que teve algum reconhecimento internacional, mas que já estava numa fase em que apresentava imensas dificuldades em compatibilizar a arbitragem com a sua atividade profissional, o que levou ao seu abandono pouco depois, por isso acabamos por fazer poucos jogos de BCR juntos. Tenho a certeza de que isso teria sido muito importante para a minha evolução. Assim, nos primeiros anos acabei por ser em larga medida um autodidata, isto numa época em que os recursos eram escassos, arranjar uma VHS com jogos de BCR internacionais era um verdadeiro tesouro.

Tenho 100% de certeza que os dois novos árbitros internacionais de BCR (Custódio Coelho e Jorge Marques) estão muito mais bem preparados do que eu estava em 2002.

2 – Como avalias a tua última presença numa prova europeia, em Badajoz, Euroliga?

Correu de forma regular, fui um dos árbitros que fez 5 jogos (apenas 6 dos 12 árbitros foram nomeados no último dia) e fui nomeado para o jogo de abertura e para o jogo do 3º/4º lugar (curiosamente entre as mesmas equipas, Mideba x Hyères). Confesso que andei com o coração um bocadinho apertado ao longo desses dias, com um misto de alegria e de tristeza; isso refletiu-se um pouco nos jogos.

3 – Qual seria o teu top 3 de grandes momentos na arbitragem internacional de BCR? 

Embora não seja fácil decidir entre as nomeações para várias finais 8 da Champions Cup (em especial, a nomeação de 2022, depois de 4 anos – 2018 a 2022 – afastado e 3 cirurgias) e as 3 finais que tive oportunidade de arbitrar, acho que, pela componente emocional, os grandes momentos foram as finais da Eurocup 3 em 2013, da Eurocup 2 em 2016 e do Europeu C de seleções masculinas em 2017.

4 – O jogo mais difícil da tua vida? 

Sem dúvida que foi um Gran Canaria x Sassari (Final 8 – Eurocup 2 – 2008 – Paris). Em muitos anos de arbitragem, foi o jogo em que estive mais perto estive de perder totalmente o meu próprio controlo emocional e que depois marcou-me até ao final da prova.

Numa outra dimensão, recordo um Sérvia x Croácia (no Europeu de Lisboa em 2005), em que fui nomeado como árbitro principal, no primeiro jogo entre estas seleções, após os conflitos ocorridos nos Balcãs. Embora com um ambiente gélido entre os jogadores, decorreu sem problemas e com um controlo total por parte da equipa de arbitragem.

5 – Lembras-te do teu jogo de estreia? 

Já não consigo recordar-me do jogo em concreto, mas sei que a prova em que fiz o exame foi uma ronda preliminar da Eurocup 1, em Paris (março de 2002), e a primeira nomeação já como árbitro IWBF foi uma ronda preliminar da Eurocup 2, em Lisboa (março de 2003).

6 – Como evoluiu o BCR ao longo do teu percurso e que mudanças isso implicou na forma de arbitrar? 

Ao longo destas 21 épocas, foi evidente o aumento da dimensão física dos jogadores, muito provavelmente aliada ao crescimento/aumento do número de clubes/jogadores profissionais. O jogo tornou-se tremendamente mais intenso, mais físico, mais rápido. Outro fator que potenciou isso foi a evolução brutal do material, cadeiras quase “de rua”, muito pesadas e pouco ágeis para cadeiras em ligas leves como o titânio, feitas à medida, de forma a potenciar cada jogador. A evolução das regras oficiais também contribuiu e muito. Por exemplo, recordo que, durante algumas épocas, quando um jogador levantava as rodas grandes do solo era penalizado, quase sempre, com uma falta técnica, o que condicionava muito a forma de jogar, acabava por retrair os jogadores.

A forma de arbitrar, necessariamente, deve sempre acompanhar o nível da competição onde estamos e a capacidade técnica e física dos jogadores. Por exemplo, tenho plena consciência que o critério que os jogadores nos exigem na Champions Cup, o mais largo possível, não seria possível utilizar (ou aceite) na competição nacional.

7 – O que dirias a um jovem árbitro para o encorajar a seguir o BCR? 

Digo muitas vezes que para a maioria dos árbitros jovens é uma oportunidade única, por exemplo, é uma forma mais rápida de arbitrar jogos fora do seu distrito (e da sua zona de conforto), com colegas muito mais experientes e de fazer jogos com três árbitros. Por outro lado, também saliento que no BCR é exigido um nível muito elevado de concentração ao longo de todo o jogo, nem numa bola fora podemos “desligar um pouco”, porque é normal existir de imediato jogo sem bola, tentativas de ocupação de espaços, de bloqueios, de man out, etc, o que contribui para o aumento da nossa capacidade de concentração e da sua manutenção em níveis elevados ao longo do jogo. Outro bom exemplo que posso referir é que na última época vários juízes que fazem regularmente BCR foram promovidos a competições superiores no basquetebol “a pé”. Por fim, repito algo que digo há muitos anos, arbitrar BCR é um vício bom.

8 – Como avalias o momento atual da arbitragem portuguesa no BCR?

Nas últimas épocas demos um grande salto qualitativo, em especial após a integração do BCR na FPB. Isso permitiu alargar o número de juízes, baixar a média de idade e captar alguns jovens com elevado talento. A maioria do quadro trabalha de forma muito dedicada, intensa e regular, o que dá sempre frutos. A própria criação de um quadro de juízes, com ações de formação específicas, permitiu criar um espírito de grupo muito forte com evidentes reflexos na evolução dos seus membros. No entanto, que ninguém duvide que o caminho continua a ser longo e o trabalho diário não pode parar, tanto por parte dos juízes como da própria federação. É sempre possível trabalhar mais e melhor.

9 – Podemos esperar o Gustavo Costa a apitar mais alguns anos a nível interno?

Essa é uma questão à qual eu não consigo responder neste momento, só garanto que fico até ao final da presente época. Mais do que isso vai depender de uma decisão (anual) a tomar no final da época, tanto minha, como do conselho de arbitragem. A título pessoal, vou pesar diversas componentes e em especial avaliar a minha motivação, a última coisa que quero sentir é que estou a arrastar-me em campo. Quanto às diversas componentes, estou a referir-me a coisas como continuar a sentir-me útil, feliz e bem recebido neste quadro de juízes de BCR, mas também a outras, como sentir que o BCR continua a ser importante para a FPB em geral e para o conselho de arbitragem em especial. A manutenção da decisão de três árbitros por jogo será certamente um dos elementos que mais pode contribuir para que continue na próxima época.

10 – Por último, o que é o BCR internacional te trouxe que guardarás contigo?

Acima de tudo, deu-me mundo e uma nova família da qual tenho muito orgulho em pertencer.

 


APD Paredes e ACD Cotovia/UDI lutam pelo título na Divisão de Honra

Na Divisão de Honra, a APD Paredes, segunda classificada, enfrenta a ACD Cotovia/UDI, terceira na fase regular. Recorde-se que a APD Braga “B” obteve o primeiro posto, com um trajeto imaculado, sustentado por dez vitórias.

No jogo inaugural da final, os paredenses visitam a formação de Sesimbra, no sábado, 13 de maio, às 17h. Paulo Araújo, treinador-jogador do conjunto nortenho, salienta o estado de ânimo positivo nas suas hostes. “Os atletas estão bastante motivados e focados em trabalhar para resolver esta final em dois jogos apenas, apesar de sabermos que iremos ter algumas dificuldades”, analisou, sublinhando depois os pontos fortes do rival. “Teremos de anular o ataque organizado, com especial atenção nos dois postes (David Lima e Adriano Olegário) e estar sempre atentos às investidas de contra-ataque por parte do José Lima”.

Face a uma época atípica, de múltiplas contrariedades para a APD Paredes, Paulo Araújo considera satisfatório o percurso da equipa. “A nossa trajetória foi positiva nesta Divisão de Honra, na qual estiveram em evidência os nossos dois jogadores mais jovens, Simão Pimenta e Diogo Ferrás, e onde prevaleceu a experiência de alguns anos de três atletas (Paulo Araújo, António Ribeiro e Eduardo Bacalhau). Tivemos algumas dificuldades no início, sem treinador, e onde me vi obrigado a tomar as rédeas da situação. Orgulho-me de ter levado até ao fim esta função”, frisa.

Do lado da ACD Cotovia/UDI, David Lima, fundador da equipa, técnico e jogador, fala em “objetivo cumprido” relativamente à chegada à final, mas ambiciona mais. “Seria muito bom, numa primeira época, além da presença em duas fases finais, conquistar um título”, referiu, repartindo o favoritismo em igual dose a ambas as formações.

Sobre o rival da final, o maior traquejo reconhecido salta à vista no discurso de David Lima. “A APD Paredes é uma equipa muito experiente, com jogadores que já jogam há muito tempo juntos, que defrontámos três vezes esta época, perdendo duas e ganhando uma, em nossa casa. Temos a vantagem do fator casa neste arranque e uma claque que nos apoia e dá muita força. Mas a APD Paredes tem essa coesão como equipa”, identificou.

Relativamente à temporada de estreia nas competições nacionais, o timoneiro do coletivo sesimbrense confessa que as expetativas foram até ultrapassadas. “Tínhamos definido chegar à final na Divisão de Honra e na Taça de Portugal o mais longe possível. Na Taça, ficamos isentos na 1ª eliminatória e na 2ª eliminatória tivemos um sorteio favorável, com um adversário do nosso patamar, onde fizemos um jogo muito competente, conseguindo chegar à Final Four. Batemos todas as expetativas possível para uma primeira época”, considera.

Todos os encontros da final da Divisão de Honra encontram-se já calendarizados. O jogo um disputa-se, como referido, no sábado, 13 de maio, às 17h, no pavilhão de Sampaio, em Sesimbra. O campeão apura-se a norte, uma vez que o segundo encontro toma lugar a 20 de maio, às 18h45, no pavilhão Rota dos Móveis, o mesmo palco do hipotético terceiro encontro, no dia seguinte, 21 de maio, à mesma hora.

 

 

 

 


Fator casa faz-se sentir no início dos playoffs

O SL Benfica começou da melhor forma a sua caminhada nos playoffs da Liga Betclic Masculina ao receber e vencer o CD Póvoa ESC Online por 97-46. Num encontro que começou equilibrado, os “encarnados” começaram a distanciar-se no decorrer do primeiro quarto e foram construindo a sua vantagem ao longo da partida. O terceiro período foi chave para o resultado final, momento em que a equipa da casa conseguiu um parcial de 28-8 e fugiu com o resultado.

Terrell Carter II (15pts, 6res, 3ast, 4rb, 2dl), João “Betinho” Gomes (14pts, 2res, 2ast, 1rb), Toney Douglas (13pts, 2res, 2ast, 4rb) e Aaron Broussard (10pts, 3res, 2ast) comandaram as “águias”, enquanto Cameron Oluyitan (11pts, 2res, 1ast, 3rb) foi o mais esclarecido nos poveiros.

Já no Dragão Arena, o FC Porto recebeu e venceu o Vitória SC por 119-82 numa partida onde terminou com uma eficácia de lançamento de três pontos de 55%. Os dez minutos iniciais foram pautados pelo equilíbrio entre os dois conjuntos que seguiram para o segundo período separados por quatro pontos (29-25). A toada manteve-se até ao intervalo e durante o segundo tempo, com os comandados de Fernando Sá a distanciarem-se com parciais de 24-17, 31-25 e 35-25.

Miguel Queiroz (21pts, 7res, 4ast), Marvin Clark Jr. (19pts, 2res, 1ast, 3rb), Brian Conklin (15pts, 3res, 1ast) e Max Landis (15pts, 4res, 4ast, 1rb) brilharam pelos “dragões”, e Phlandrous Fleming Jr. (25pts, 7res, 7ast, 1rb, 4dl), Anthony Roberts (16pts, 2res, 8ast) e Zachary Simmons (13pts, 9res, 2ast, 1rb, 1dl) estiveram em grande plano nos vimaranenses.

Em Lisboa, o Sporting CP triunfou na receção ao Lusitânia Expert por 99-65 e começa da melhor maneira a eliminatória. O emblema lisboeta mostrou-se intenso na defesa (18 roubos de bola contra 7) e aproveitou da melhor forma os 21 turnovers cometidos pela formação visitante para se distanciar.

Apesar da batalha das tabelas, a formação de Alvalade controlou a zona pintada (38 pontos contra 22) e viu os atletas saídos do banco de suplentes dar um importante contributo com 46 pontos marcados, ao contrário dos seis apontados pelo Lusitânia.

Nos “leões” importa mencionar Marcus LoVett Jr. (29pts, 1res, 1ast, 2rb), Diogo Ventura (12pts, 2res, 8ast, 1rb), Travante Williams (12pts, 4res, 3ast, 4rb) e Eddy Polanco (11pts, 4res, 4ast, 2rb), enquanto no conjunto açoriano, Daniel Relvão (15pts, 10res, 1dl), Trey Moses (15pts, 5res, 1ast, 1rb) e Ryan Weber (14pts, 5res, 1ast) foram as figuras.

No último jogo do dia, a UD Oliveirense venceu a Ovarense GAVEX por 75-70 em jogo disputado no Pavilhão Dr. Salvador Machado. No jogo mais equilibrado da noite, a equipa da casa esteve quase sempre na dianteira, mas nunca conseguiu distanciar-se no marcador. Os dois emblemas lutaram até final pelo triunfo e a incerteza durou até aos instantes finais com seis trocas de liderança, mas no final foi o conjunto de Oliveira de Azeméis que triunfou e festejou um importante triunfo na caminhada dos playoffs.

Na equipa da casa, Darius Carter (15pts, 11res, 3ast, 1rb), Max Kouguere (14pts, 6res, 1ast), Malcolm Richardson (13pts, 2res, 5ast) e Henrique Barros (12pts, 3res, 1ast, 2dl) foram os melhores marcadores. Na Ovarense, Render Woods (17pts, 6res, 8ast, 1rb), Isaiah Johnson (13pts, 3res, 3ast, 4rb) e Jacoby Armstrong (12pts, 7res) mostraram pontaria afinada.


Seleção de 3×3 masculina anuncia convocatória

A seleção nacional de seniores masculinos de 3×3 vai iniciar a sua preparação para o torneio Big Twelve, que decorre em França, e conta com novidades na equipa técnica.

A equipa das Quinas vai estar em estágio de 21 a 24 de maio, em Pombal, a preparar a participação no Torneio Big Twelve, marcado para 26 e 27 de maio em Voiron, França. O novo selecionador nacional, Hugo Salgado, apoiado por João Leitão (vice-presidente da FPB), Daniela Saruga (Team manager) e Ângela Vieira (fisioterapeuta) chamou oito atletas para o estágio:

 

Nas primeiras palavras enquanto selecionador de 3×3 masculinos, Hugo Salgado mostrou-se orgulhoso pela chamada para assumir a posição: “Foi um orgulho muito grande poder começar a representar o país e dar o meu contributo a uma modalidade que está a crescer e é cada vez uma aposta mais forte a nível mundial”.

“Queremos dar continuidade ao bom trabalho que foi feito pelo João Chaves, mas também tentar fazer coisas que ainda não foram feitas e colocar as nossas ideias. Ainda temos muita gente a competir, não existem assim tantos atletas disponíveis, mas tentámos fazer o melhor grupo possível dentro das opções e esta convocatória tem isso em mente”, acrescentou o novo técnico nacional.

Importa mencionar que este estágio marca o início da preparação para a qualificação para o Campeonato da Europa de 3×3. O qualifier decorre de 7 a 12 de junho em Bratislava.

Seleção Nacional 3×3 Seniores Masculinos


133 | Seleção Nacional 3×3 Seniores Masculinos – Big Twelve

Informação sobre a convocatória para a Seleção de Seniores Masculinos de 3×3 e sobre os estágios previstos.


132 | Pontos Altos – 2022-2023 – Atualização do Com 118

Pontos Altos – 2022-2023 – Atualização do Com 118


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Legenda

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Miguel Maria

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