Artigos da Federaçãooo
A classificação funcional no BCR: o sistema que abre a porta a todos
Desde sempre o basquetebol em cadeira de rodas foi mediado por um sistema de classificação com o intuito de dotar de maior justiça a convivência de atletas com deficiências motoras de diferente gravidade em campo. De 1960 a 1966 vigorava um modelo de 2 classes, que competiam em separado – A, destinada a jogadores com lesões medulares e paralisias completas; B, que incluía jogadores com lesões incompletas ou paralisados devido à poliomielite; em 1966 passa a imperar um novo sistema, que prevê o fim das divisões em função do caráter completo ou incompleto da lesão. Era composto por 3 classes – 1, 2 e 3 -, sendo tanto mais grave a lesão do atleta quanto menor o número, e o total de pontos dos 5 elementos em campo não podia exceder os 12 pontos, valor corrigido para 11 em 1972, de forma a incentivar a utilização de atletas de classe 1.
Com a já referida aprovação de atletas com outras deficiências motoras em 1982, equaciona-se novo sistema de classificação, adotado em 1983 e proposto pelo médico Horst Strohkendl, contemplando 4 classes e um máximo de 14 pontos em campo. Acrescentam-se no ano seguinte 3 classes intermédias – 1.5, 2.5 e 3.5 -, reduzindo-se o total para 13.5. Finalmente, em 1992, a IWBF – International Wheelchair Basketball Federation – introduz a classe 4.5, o que levou à retoma da fórmula dos 14 pontos, que se mantém na atualidade a nível de seleções, enquanto em termos domésticos se privilegiam os 14,5 pontos.
Falando do que acontece no domínio interno, é comum estabelecer um ganho de 1,5 pontos para as equipas que incluam atletas do sexo feminino – caso de Portugal – dada a escassez de atletas para realizar ligas femininas, mas tal não se verifica em termos de seleções, onde a competição entre homens e mulheres se procede de forma separada.
Quatro fatores determinam a classificação do atleta: controlo do tronco, membros inferiores, membros superiores e mãos. A “fórmula” nuclear no método de classificação reside no conceito de volume de ação, que abrange o plano vertical – capacidade de girar para o lado -; plano frontal – capacidade de fletir o tronco para a frente -, e plano lateral – capacidade de inclinação lateral do tronco.
Grosso modo, o jogador 1.0 demonstra pequeno ou nenhum controlo de tronco no plano frontal, potencial de rotação inexistente, equilíbrio comprometido nos planos frontal e lateral, e necessidade de utilizar os membros superiores para regressar à posição vertical quando em desequilíbrio; o jogador 2.0 exibe um controlo parcial no plano frontal, rotação ativa da parte superior do tronco, mas nula da parte inferior, e fraco controlo no plano lateral; o jogador 3.0 é dotado de bom controlo de tronco no plano frontal, boa capacidade de rotação, controlo razoável no plano lateral; o jogador 4.0 manifesta um controlo de movimentos de tronco normal, apresentando somente dificuldade no plano lateral para o lado debilitado; e o jogador 4.5 tem pleno controlo de tronco, sem quaisquer limitações.
A estabilidade pélvica é outro dos baluartes do sistema de classificação funcional, subdividindo os atletas em dois grupos: estabilidade pélvica ativa e estabilidade pélvica passiva. Na estabilidade pélvica ativa, o atleta dispõe de suficiente controlo muscular no tronco inferior, cintura pélvica e ancas que lhe permite manter a pélvis numa posição normal. Normalmente, esta categoria de atleta senta-se num ângulo reto e necessita de pouco apoio – cintos – para a manutenção da estabilidade pélvica. Na estabilidade pélvica passiva, o atleta denota parco controlo muscular no tronco superior, cintura pélvica e ancas para manter a pélvis numa posição normal, joga com uma inclinação aguda e recorre a elementos externos para assegurar a referida estabilidade.
Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio
II Torneio de BCR Cidade da Covilhã decorre a 16 e 17 de julho
Pelo segundo ano consecutivo, a delegação distrital da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) de Castelo Branco organiza o Torneio de BCR Cidade da Covilhã. O evento, transmitido na íntegra pela FPBtv, tem como entidades parceiras a Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), a Associação de Basquetebol de Castelo Branco (ABCB), o Município da Covilhã, a União de Freguesias de Covilhã e Canhoso e a Universidade da Beira Interior (UBI), bem como os respetivos Serviços de Ação Social desta instituição académica.
Raul Pereira, presidente da APD Castelo Branco, vinca o “gosto pelo Basquetebol em cadeira de rodas e o desejo de constituir uma equipa da modalidade” como forças motrizes, na hora de realizar o Torneio Cidade da Covilhã, que irá para a sua segunda edição. O dirigente dá conta da tentativa de internacionalização do torneio, com “convites a mais de dez equipas espanholas”, gorada apenas pelo timing mais tardio da prova e consequente indisponibilidade por parte dos emblemas do país vizinho. “Para o ano iremos, com certeza, internacionalizar o evento, alterar a data, porque a presença de equipas espanholas, ou de outro país, vem acrescentar qualidade.”, afirma.
No sábado, 16 de julho, primeiro dia do torneio, o BC Gaia, campeão nacional e vencedor da Supertaça, enfrenta, às 15h, a APD Lisboa, finalista vencida da Taça de Portugal. Pelas 16h45, a APD Braga, vencedora da Taça de Portugal – e da edição inaugural do Torneio Cidade da Covilhã – defronta o GDD Alcoitão. No domingo, o encontro de atribuição do 3º e 4º lugar está agendado para as 08h45 e a final para as 10h30. Todos os jogos decorrem no pavilhão nº1 da UBI.
Ricardo Vieira: “Espero que o valor da medalha seja transversal”
Três de julho de 2022 é uma data que irá perdurar no histórico das seleções nacionais de BCR. Em Pajulahti, Finlândia, nos Jogos Europeus da Juventude, a seleção sub22 de BCR derrotou a Irlanda – 60-47 – e conquistou o terceiro lugar do pódio, o primeiro para uma seleção jovem lusa, nesta vertente da modalidade. Ainda sem uma experiência competitiva oficial, dado o estado embrionário do projeto sub22, Portugal partiu para a sua segunda participação nos Jogos Europeus da Juventude – depois da edição de 2019 – com aspirações assumidas de chegar à medalha e acabou por acrescentar réplicas interessantes, a espaços, contra Holanda e Itália, nações com pergaminhos no BCR internacional e programas de desenvolvimento consolidados na formação.
Na ótica do selecionador nacional Ricardo Vieira, a valia da medalha depende da capacidade concreta de dar continuidade ao trabalho realizado. “Espero que o valor desta medalha seja transversal a quem pode fazer algo por eles, se quisermos chegar ao nível de Itália ou Holanda. Refiro-me a clubes, federação, entidades governamentais, à possibilidade de termos um centro de treino. Algo tem de ser feito para que estes miúdos possam treinar mais do que duas vezes por semana. Esse era o meu desejo, que a medalha viesse transformar isso tudo. Se não alterar nada, o valor dela para mim é zero. Para os miúdos, vai ser uma coisa da vida inteira.”, remata o técnico.
Num grupo mais heterogéneo face a 2019, onde se destaca a presença de três atletas de apenas 15 anos, mas “mais evoluído”, na ótica do líder da equipa das quinas, despontou Miguel Reis, cujo rendimento ao longo da prova lhe valeu a nomeação para o cinco ideal. “Acredito que tenha sido fruto do trabalho realizado ao longo destes anos, após uma esmagadora dose de realidade, na Finlândia também, em 2019. Percebi que o que fazia não chegava, dediquei-me a 100% ao treino e procurei treinos extra orientado; não só treinar por treinar, o que me permitiu chegar ao nível que estou hoje.”, explica o poste, que se despediu do escalão com uma prestação de boa memória, no decisivo jogo com a Irlanda – 19pts, 6res, 5ast, 1rb).
O também internacional A, pois constou nos doze eleitos que representaram Portugal no Campeonato da Europa B/C, em Sarajevo, de 12 a 22 de junho, mostra-se convicto de que a “medalha vai ajudar a mudar a mentalidade dos mais novos, principalmente”, transformação essa assente num discurso interior mais ambicioso. “Pode ser uma fonte de motivação e de mudança do chip “eu faço o que posso” para o “eu quero fazer e posso fazer mais”, sintetiza.
Ricardo Vieira considera que a entrada em cena da seleção nacional sub22 em competições oficiais constitui-se como uma das metas centrais para que não cesse a trajetória de evolução e “os atletas percebam que estão a trabalhar para um determinado objetivo”. Contudo, adverte o treinador bracarense, o papel dos clubes deve plasmar princípios técnicos e táticos que ainda escapam aos jogadores uma vez chamados às seleções. “Estamos a inverter os papéis. A seleção a trabalhar para os clubes e não os clubes a trabalharem para as seleções. Há muito que passa pelos clubes e o que mais me preocupa, neste momento, é a falta de capacitação dos nossos treinadores. Necessitam urgentemente de cursos de formação, seja em Portugal, seja no estrangeiro, para perceberem o que é que ainda pode ser ensinado”, alerta.
Paralelamente, entende o selecionador nacional da categoria, a internacionalização do jogador português terá um reflexo direto na subida de patamar do BCR nacional. “Cada vez mais nós percebemos que, se queremos uma seleção sénior e sub22 competitivas, os miúdos têm de sair daqui. Não vale a pena estarmos com alterações de modelo de campeonato para o tornar mais competitivo. Não vai chegar. Nós percebemos que podemos fazer quatro/cinco jogos competitivos ao longo de uma época a nível nacional, que não chegam ao grau de exigência, nem a 30/40% daquilo que encontramos lá fora”, descreve.
Nos Jogos Europeus da Juventude de 2022, Portugal amealhou, na sua estadia em Pajulahti, três vitórias, frente a Irlanda, por duas ocasiões, e à anfitriã Finlândia, num total de cinco encontros disputados, não conseguindo aplacar o poderio de Itália e Holanda.
Nota: fotografia EPYG 2022.
APD Braga vitoriosa no 3×3 de BCR no Urban Sports 4all
O Urban Sports 4all acolheu, no Parque Tejo, um torneio de 3×3 no BCR, o primeiro desde que a modalidade se encontra sob a alçada da FPB. Em franco crescimento em várias latitudes do globo, até pela capacidade de potenciar o BCR em países ou regiões com menor número de atletas, a variante de 3×3 conheceu novo impulso, no Urban Sports 4all, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa e em parceria, entre outras entidades, com a Associação Portuguesa de Deficientes (APD).
A prova contou com sete equipas inscritas – GDD Alcoitão A e B, APD Lisboa A e B, APD Sintra A e B, e APD Braga A -, e totalizou vinte e quatro encontros, cujos resultados podem ser consultados aqui. A APD Braga A saiu coroada como a grande vencedora, fruto do triunfo perante a APD Lisboa A por 8-6. No percurso até ao jogo decisivo, os bracarenses contornaram a oposição do GDD Alcoitão B – 6-4 -, ao passo que os lisboetas vergaram a APD Sintra B por contundentes 11-3. De salientar ainda que a turma minhota atingiu a final da competição com a melhor percentagem de vitórias – 88% -, traduzidas em uma derrota e seis jogos a seu favor.
Custódio Coelho ascende a árbitro internacional de BCR
O árbitro Custódio Coelho viu premiada a sua candidatura a árbitro internacional, no Campeonato da Europa B/C, que decorreu em Sarajevo, de 12 a 22 de junho. Nas palavras do próprio, o jogo entre Sérvia e Irlanda resistirá na memória como um momento emblemático na sua carreira, uma vez que representou o exame prático de avaliação para a aprovação enquanto árbitro internacional de BCR.
O juiz de 28 anos, com experiência enquanto jogador nos escalões de formação do Scalipus Clube de Setúbal, iniciou a carreira na arbitragem em 2012, na sequência de um desafio de um colega para tirar o curso. E começou a “tomar-lhe o gosto”. Integrou o programa dos Potenciais Talentos em duas ocasiões, saldadas pela chegada à terceira fase e à fase final, respetivamente. Esteve por duas vezes nos quadros de acesso e, no final de 2020, fica como convidado para Árbitro Federação, estatuto consumado na época que agora finda, 2021-2022. O BCR passou a constar na ordem do dia “em 2016 ou 2017”, após novo repto de um amigo, o também árbitro dessa mesma vertente do jogo Alexandre Oliveira, um dos episódios relatados nesta entrevista.
1 – Tendo experiência em ambas as variantes da modalidade, quais as principais diferenças que detetas entre o jogo convencional e o BCR?
Habituares-te enquanto árbitro a ver o atleta como atleta, e não como uma pessoa com alguma incapacidade de jogar o jogo convencional. É importante mudar o “chip” e ver que o BCR é uma competição que toda a gente quer ganhar; habituares-te rapidamente ao choque das cadeiras, ao cheiro da borracha ou do ferro, estares preparado para um pneu rebentar do nada, para um jogador cair e eventualmente levantar-se sozinho ou então necessitar de ajuda. Depois, devo dizer que, graças ao BCR, melhorei bastante a minha arbitragem do jogo convencional, porque consegui estar muito mais atento a tudo o que eram bloqueios, percebi o jogo de uma forma diferente, no que respeita à importância de garantir o espaço. Ou seja, não só olhar para onde está a bola, mas também para o que está a acontecer do lado oposto. Fiquei com uma perspetiva diferente, de conseguir olhar para o jogo e perceber exatamente onde é que está o conceito de vantagem e desvantagem, patente no confronto de um jogador de pontuação baixa, de 1.0 ou 2.0 de classificação, contra um jogador de 3.5, 4.0 ou 4.5, e aí discernir o se deve ou não sancionar. Para além disso, de realçar que com o BCR consegui ter oportunidade de apitar a três e evoluir. Ao mais alto nível, acaba-se por apitar com três pessoas e o BCR abriu as portas para isso. Todas as vezes que tinha apitado nessa condição foi em torneios ou Campus para evoluir a minha arbitragem.
2 – Como surge a possibilidade de apitar BCR?
Foi por convite de um amigo, do Alexandre Oliveira. Abordou-me nesse sentido. “Estou a precisar de um colega para apitar comigo, num torneio em Sintra, em Casal de Cambra. Há uma pequena formação de manhã e a seguir vamos apitar. Queres vir?”. Não tinha nada para fazer nesse dia. Tivemos a formação dada pelo Gustavo Costa e depois uns jogos à tarde, com malta como árbitro sombra, a dar umas indicações. Isto em 2016 ou 2017. Continuei a ser nomeado ainda pela ANDDEMOT – Associação Nacional de Desporto para Deficientes Motores -, pelo Augusto Pinto, de dois em dois meses, provavelmente. Poucos jogos. Só marcava aquelas situações comuns ao Basquetebol a pé, sem perceber ainda muito bem o jogo. Depois é que tive a oportunidade de ter um Clinic, em Aveiro, em 2018, no início de época, que culminou com a Supertaça. Tive a primeira experiência sentado numa cadeira, percebi as dificuldades e o que sente um jogador, o que é ótimo. Foi logo um bom salto que consegui dar. Também apareceram mais jovens e houve aquela competitividade saudável. Tive bons professores, o Gustavo Costa, o João Silva, o Fernando Resende, o Alexandre Oliveira. Já esta época, tivemos outro Clinic, em Gaia, com a Tonia Gomez, que também foi muito bom, num outro nível, novamente com a oportunidade de nos sentarmos em cadeiras. Participámos ainda na sessão de treinadores dada pelo Ricardo Vieira. A partir daí, sabendo que já podia haver uma vaga para internacional, defini como objetivo “apostar as fichas”; estudar ainda mais, ver mais jogos, fui acompanhando o campeonato espanhol. Recentemente, vi praticamente todos os jogos da Champions League e da Copa do Rei.
3 – Centrando em Sarajevo, no Campeonato da Europa B/C, como realizaste a tua preparação e quais as tuas expectativas?
A preparação consistiu na visualização de muitos vídeos de jogos de uma competição mais alta; ter visto os meus jogos em Portugal e tentar perceber, em comparação com esses, quais seriam os critérios, o que manter ou limar para estar em condições de apitar o Europeu; procurar uma melhor noção de regras, apesar de em 90% dos jogos não acontecer nada fora do normal, e isto fez-me ter o livro na mesa de cabeceira. Incluí também uma leitura do livro dos princípios e contactos, e a partilha de alguns clips com colegas nacionais para ter uma melhor noção do que estaria correto e do que poderia ter sido feito melhor. Quando cheguei, senti-me preparado. Fiz as provas físicas e teóricas, de inglês e o exame prático, o jogo, que foi o Sérvia x Irlanda. Nunca mais me vou esquecer desse jogo, vai ficar marcado. Dar nota que não estavam à espera que aparecesse uma pessoa tão bem preparada, devido ao nível da nossa competição, e ficaram impressionados quando referi a realização dos Clinics que falei anteriormente. Isso é um ponto muito positivo para Portugal, um reconhecimento do esforço na formação de novos árbitros de BCR.
4 – Sais consagrado como árbitro internacional. O que constataste entre o jogo em Portugal e o jogo de BCR internacional? E o que esperas importar para Portugal na forma de apitar?
Tive oportunidade de estar em jogos de um nível superior, em termos técnicos e táticos, e foi possível ter um critério mais largo, em que os jogadores já estão preparados para jogar mais ao limite e aguentar o contacto, levantarem-se rapidamente ou escaparem de um man out. Acho que seria importante trazer um pouco desse critério para o nosso campeonato, sendo que deveria ser feita uma reunião prévia, antes de começarem as competições, explicar o que seria aplicado, sabendo que é impossível passarmos do oito para o oitenta muito rapidamente. Mas aos poucos podíamos encontrar um equilíbrio, porque, muito provavelmente, os jogadores mais jovens que foram à seleção, se calhar não estavam habituados a esse tipo de critério. Só iria beneficiar o jogo e tornar os nossos jogadores mais fortes e melhor preparados para quando fossem chamados para esse tipo de competição.
Foi bom ter tido a oportunidade de apitar um jogo da Turquia e visto a velocidade incrível a que aqueles jogadores jogam. Ainda estamos um pouco longe desse nível, mas o trabalho está a ser feito com o aparecimento de novos jovens e a arbitragem oferece um contributo fundamental. Se melhorarmos o nível da nossa arbitragem, poderemos ajudar os jogadores a elevarem o seu nível e a que Portugal tenha mais atletas a jogar fora, mais árbitros internacionais e uma seleção a subir nos rankings.
Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio
Seleção nacional sub22 de bronze nos Jogos Europeus da Juventude
A seleção nacional de BCR sub22 alcançou a medalha de bronze, nos Jogos Europeus da Juventude, fruto do triunfo contra a Irlanda por 60-47.
Num jogo com contornos diferentes daquele disputado na fase regular da prova, os irlandeses entraram melhor na partida, com elevadas percentagens de concretização no lançamento exterior e abalaram as hostes nacionais. Paulatinamente, os comandados de Ricardo Vieira mitigaram a desvantagem e terminaram o quarto inaugural um ponto abaixo – 13-14. O ascendente luso não se dissipou e Portugal saltaria para a frente do marcador antes do descanso – 31-26. Na segunda parte, a seleção nacional descolou em definitivo, mercê de uma maior agressividade defensiva na contenção da capacidade de lançamento a quatro metros do adversário e boas percentagens de concretização – 47-35 ao cabo de trinta minutos. Nos últimos dez minutos, nem mesmo a reação esboçada pelos irlandeses fez perigar a distância cavada no placar, que até se estenderia para o resultado final de 60-47.
Ângelo Pereira (23pts, 7res, 5ast, 1dl), Miguel Reis (19pts, 6res, 5ast, 1rb) e João Castro (6pts, 4res, 1ast, 2rb) estiveram em bom plano. Por sua vez, Jack Mangan (17pts, 11res, 1rb) e Darrgh O’Regan (8pts, 3res, 1ast, 2rb) lideraram a réplica da formação da Irlanda.
No plano das distinções individuais, Miguel Reis foi eleito para o cinco ideal da competição.
Portugal dá boa réplica à Holanda e supera Finlândia
A seleção nacional sub22 de BCR somou a segunda vitória nos Jogos Europeus da Juventude. De manhã, a equipa das quinas caiu ante a Holanda – 69-44 -, seleção invicta na prova, e, no segundo encontro do dia, bateu categoricamente a Finlândia – 66-17.
No duelo com a formação holandesa, os pupilos de Ricardo Vieira demonstraram uma atitude competitiva capaz de equilibrar a contenda nos cinco minutos inaugurais. Contudo, o jogo interior da nação rival revelou-se difícil de contrariar e, no final do primeiro quarto, a desvantagem lusa já se cifrava na casa das dezenas – 24-12. A dinâmica do encontro não se alterou e a Holanda continuou a avolumar a sua vantagem até ao descanso – 18-11. Seguiu-se uma resposta positiva da seleção nacional, que perdeu a segunda parte por apenas seis pontos – 13-8 e 14-13 (69-44). Miguel Reis (16pts, 3res, 1ast) e Ângelo Pereira (9pts, 5res, 4ast, 1rb, 1dl) exibiram maior denodo, nas cores nacionais. Pelos holandeses, despontaram Jelmar van Brunschot (23pts, 15res, 2ast), Julia van der Sprong (18pts, 6res, 5ast, 2rb, 1dl) e Walter Vlaanderen (14pts, 15res, 4ast, 2rb, 1dl).
No segundo compromisso da jornada, Portugal contornou, com contundência, a anfitriã Finlândia, por inequívocos 66-17. Num jogo de sentido único, todos os atletas nacionais dispuseram de minutos significativos em campo e colocaram o seu nome na ficha de marcadores – 16-4 / 17-4 / 13-5 / 20-4. Ângelo Pereira (9pts, 6res, 7ast, 2rb), Emanuel Soares (12pts, 5res, 2ast, 1rb, 1dl) e Alexandre Conde (6pts, 7res, 4ast) lideraram, a nível estatístico, na seleção nacional. Por seu turno, na nação anfitriã do torneio, Santeri Karvo (6pts, 5res, 1ast, 2rb) e Topias Tyni (4pts, 7res, 1ast) revelaram-se os mais inconformados.
A seleção nacional sub22 disputa, amanhã, a medalha de bronze da competição, contra a Irlanda, às 08h portuguesas, jogo com transmissão aqui.
Seleção sub22 de BCR perde com Itália e vence Irlanda
A seleção nacional sub22 de BCR obteve sortes distintas na ronda inaugural dos Jogos Europeus da Juventude. No encontro de estreia, Portugal cedeu perante a Itália – 29-74 -, enquanto no segundo jogo, superou a Irlanda por 32-63.
Os comandados de Ricardo Vieira arrancaram a sua segunda experiência nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude – depois da edição de 2019, também em Pajulahti, Finlândia -, com um duelo de elevada exigência, frente à poderosa seleção italiana, dotada de jogadores a atuar no principal campeonato do país transalpino – liga profissional. Após um começo auspicioso, a equipa das quinas, que até gozou de alguns minutos na dianteira, viu o adversário ressurgir, mercê de uma estratégia de pressão a todo o campo, e agarrar a liderança ainda no primeiro quarto – 06-08. A partir daí, esfumou-se a tónica de equilíbrio, conforme ilustra o marcador que se registava ao descanso – 08-32. No reatar da partida, a seleção nacional abriu o terceiro quarto com um triplo e, apesar de persistir o ascendente italiano, assistiu-se a um jogo mais repartido em ambos os quartos – 12-21 e 09-21.
Pela formação lusa, sobressaíram Alexandre Conde (3pts, 3res, 1dl) e Miguel Reis (8pts, 5res, 2ast, 1rb). Do lado italiano, Alessandro Sbuelz (18pts, 5res, 1ast, 3rb, 1dl), Luka Buksa (18pts, 10res, 1ast, 4rb) e Ricardo Innocenti (4pts, 6res, 5ast, 4rb, 1dl) estiveram em alta.
Seguiu-se, com poucas horas de descanso, o embate contra a Irlanda, onde Portugal vincou a sua superioridade desde cedo, começando a esboçar uma pequena “fuga” no marcador, logo no quarto inicial – 04-11. Mais assertivo na finalização e, ao contrário do sucedido no confronto de estreia, a gozar de vantagem de estatura, Portugal fez mossa dentro da área restritiva, que aliou também a um maior poder de fogo exterior. Ao intervalo, a seleção nacional vencia por concludentes 10-26. Na segunda parte, manteve a produção ofensiva em bons índices, não obstante a maior rotação com os elementos menos utilizados, e fechou o terceiro quarto com o resultado favorável de 26-44. Nos dez minutos derradeiros, Ricardo Vieira e Daniel Pereira viram as suas apostas desencadear o parcial mais dilatado da partida – 06-19 –, que encaminhou a seleção para uma vitória ancorada numa vantagem de mais de trinta pontos – 32-63.
Miguel Reis (27pts, 7res, 3ast), Ângelo Pereira (15pts, 16res, 8ast, 3rb) e Pedro Gomes (6pts, 6res, 1ast, 1rb) lideraram as cores nacionais, ao passo que a resistência irlandesa coube a Jack Mangan (14pts, 10res, 2rb) e Adam Drummond (2pts, 8res, 1rb).
A seleção nacional volta a entrar em campo amanhã, às 09h15, frente à Holanda, principal favorita à conquista do torneio, e às 16h, diante da anfitriã Finlândia, encontros com transmissão aqui.
Nota: fotografia de EPYG 2022 – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude.
“Esta experiência pode significar uma mudança de mentalidade”
A Seleção Nacional sub22 de BCR já realizou os primeiros treinos, no Centro de Treino Olímpico e Paralímpico de Pajulahti, Finlândia. A cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude está prevista para as 16h – hora portuguesa – de amanhã, 30 de junho, ao passo que a estreia em competição acontece na sexta-feira, 1 de julho, com duplo compromisso, frente a Itália e Irlanda.
Ricardo Vieira, selecionador nacional, manifesta o seu contentamento com as primeiras indicações deixadas pelos atletas. “O grupo está entusiasmado. E o facto de termos aqui três jovens de 15 anos na sua primeira experiência, naquilo que é mais parecido com umas Paraolimpíadas, uma competição internacional, acaba por ser muito satisfatório”, sublinha o técnico, que enalteceu a resposta positiva no jogo-treino com a Irlanda, onde o objetivo passava por “terem uma experiência o mais próxima possível do jogo”.
Sem negar a ambição de “trazer uma medalha para Portugal”, o timoneiro da equipa nacional, na génese do projeto sub22, valoriza o potencial impacto transformador da prova no atleta de BCR nacional, à semelhança do que acontecera na edição de 2019. “Já perceberam que esta experiência pode significar uma mudança de mentalidade. É essencial passar aos miúdos que é possível chegarem a atletas profissionais. Para tal, precisam de trabalhar a um nível mais exigente e, como consequência, saírem de Portugal ou operarmos uma mudança tão grande que o atleta começa a procurar outras formas de trabalhar, ajudando assim a nossa seleção principal”, explica.
De salientar que Nuno Nogueira será um dos porta-estandartes de Portugal, na cerimónia de abertura, a par de Catarina Monteiro, atleta de Boccia. A convite da organização, o selecionador nacional Ricardo Vieira integrará o Comité Técnico do torneio.
Calendário e transmissões – hora portuguesa
- 30 de junho | Cerimónia de Abertura | 16h |
- 1 de julho | Portugal vs Itália | 09h15 | Transmissão aqui
- 1 de julho | Irlanda vs Portugal | 13h45 | Transmissão aqui
- 2 de julho | Holanda vs Portugal | 09h15 | Transmissão aqui
- 2 de julho | Portugal vs Finlândia | 16h00 | Transmissão aqui
- 3 de julho | Acesso às medalhas | Transmissão aqui
Seleção sub22 de BCR parte para os Jogos Europeus da Juventude
Depois de 2019, Portugal integra nova edição dos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude, em Pajulahti, Finlândia. A prova decorre de 27 de junho a 4 de julho, com a seleção nacional sub22 a entrar em cena a partir do dia 1, altura em que enfrenta Itália, às 09h15 (hora portuguesa), e Irlanda, às 13h45. Seguem-se, no dia 2, os embates diante de Holanda, às 09h15, e da anfitriã Finlândia, pelas 16h00. A 3 de julho, disputa-se o acesso às medalhas, objetivo perseguido pela equipa das quinas.
Recordamos os convocados de Ricardo Vieira, selecionador nacional, e Daniel Pereira, selecionador adjunto.
CONVOCADOS
APD Lisboa
Tomás Amaral
Ângelo Pereira
Ahmat Afashokov
Emanuel Soares
BC Gaia
João Castro
Miguel Reis
APD Leiria
Nuno Nogueira
Alexandre Conde
GDD Alcoitão
Pedro André Gomes
Afonso Tavares
AD Vagos Núcleo campeã nacional da 2.ª divisão de BCR
Fim de semana de ação no Campeonato Nacional de BCR da 2.ª Divisão, com a AD Vagos Núcleo a garantir o título, bem como o direito de disputar o escalão máximo do BCR nacional na próxima época.
A jornada concentrada de Rialto, disputada no Pavilhão do Colégio de Calvão, em Aveiro, começou com o triunfo da AD Vagos Núcleo sobre o BC Gaia B (42-56), de seguida defrontaram-se CD “Os Especiais” e a ACD Cotovia, partida que terminou com triunfo da formação oriunda do distrito de Setúbal (29-40).
Da parte da tarde a equipa B da APD Braga cruzou-se com Os Especiais e superou a oposição dos madeirenses (41-27). No último encontro de sábado, a ACD Cotovia viria a cair perante a AD Vagos Núcleo (18-32). No encontro decisivo, disputado no dia 19, a AD Vagos confirmou o título da 2.ª divisão do BCR nacional depois de ultrapassar CD “Os Especiais” por 33-17.
Seleção com vitória vistosa sobre a Hungria garante prata na Divisão C
Foi um jogo de sentido único e uma vitória contundente da seleção nacional portuguesa de BCR frente à Hungria no último jogo do Campeonato da Europa B/C, triunfo que colocou a equipa das quinas no segundo posto da Divisão C e no 10.º posto da classificação geral.
No embate que determinaria a classificação final, Portugal não deu hipótese ao adversário magiar e apresentou-se a alto nível desde o início, depressa construindo uma vantagem confortável que ao intervalo se apresentava nos 35 pontos (45-10). Dada a diferença entre os dois conjuntos, os comandados de Marco Galego continuaram a aumentar a diferença durante o terceiro quarto (66-14) e no quarto período até atingir a diferença final de 87-24, para os lusos.
João Reis (17pts, 2res, 4ast, 1rb), Hélder Freitas (12pts, 7res, 2ast) e Pedro Bártolo (10pts, 4res, 3ast, 1rb) destacaram-se por Portugal, enquanto na Hungria a figura foi István Gergely (9pts, 2ast).
Noticias da Federação (Custom)
“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”
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Legenda
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Miguel Maria
“Donec Aliquam sem eget tempus elementum.”
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