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Seleção Nacional: quem são os adversários de Portugal na derradeira janela de fevereiro?

Eslovénia, Israel, Ucrânia, Portugal. Ainda tudo pode mudar no Grupo A da última fase de qualificação para o EuroBasket 2025 , já que há dois jogos para cada equipa e as contas – e o apuramento – estão longe de estarem encerrados.

Depois das grandes exibições lusas frente aos eslovenos em novembro (à data, eram a 6.ª melhor seleção europeia e a 11.ª mundial para os ranking FIBA), faltam dois duelos apenas para a tão ansiada qualificação, 14 anos depois – e precisam os comandados de Mário Gomes de vencer um deles (o que até pode nem ser necessário, bastando para tal que a Ucrânia perca um dos seus jogos). Foi um longo caminho percorrido para se chegar a esta fase em terceiro do grupo, lugar de apuramento, com adversários de alto nível em todos os momentos – no verão, recorde-se, Portugal venceu a histórica Argentina e disputou até ao fim a “batalha” frente à Seleção Olímpica do Sudão do Sul.

Agora, jogam em solo letão contra Israel, e em casa, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, contra a Ucrânia. Duas seleções também elas históricas, com um invejável currículo nas lides do EuroBasket.

Mas vamos por partes: afinal, quem são os adversários de Portugal nesta derradeira janela de fevereiro?

Israel

39.º no ranking mundial da FIBA, 18.º se contarmos só com as seleções europeias. A história do conjunto israelita no EuroBasket é longa e prolífica, com 30 participações e um segundo lugar, em 79, como o grande feito do país em Campeonatos da Europa (já venceu também, por duas vezes, os Jogos Asiáticos).

Yotam Halperin, Omri Casspi ou Lior Eliyahu fazem parte dos “históricos”, sendo que o extremo dos Portland Trail Blazers, Deni Avdija, é atualmente considerado a grande peça do conjunto do Médio Oriente. Avdija, tal como Neemias Queta, não participará nesta última janela; mas, tal como Queta, espera-se que, face ao apuramento, seja um dos nomes a considerar por Ariel Beit Halhami para o Europeu, no final do verão, para tentar fazer melhor que na última edição.

Em 2022, a Seleção de Israel terminou no 17.º lugar da prova, naquela que foi a sua 30.ª participação. O Basquetebol é considerado o segundo desporto mais popular no país, e os resultados – com a formação em destaque – estão à vista. A liga israelita também é conhecida pela sua competitividade (o Maccabi Playtika Tel Aviv disputa a EuroLeague – aliás, já conquistou seis troféus desde que ingressou na competição), tendo nas suas fileiras nomes como os ex-NBA Patrick Beverley e Bruno Caboclo. Na Seleção, o destaque tem sido para Yam Madar, Roman Sorkin, Tomer Ginat e o naturalizado Khadeen Carrington.

Diogo Brito sobe para o cesto no último duelo com Israel, em fevereiro

Ucrânia

Se Israel é a 18.ª melhor seleção europeia, a Ucrânia não lhe fica atrás. Aliás, fica mesmo à frente: é 17.ª, tendo caído um lugar em novembro, e 37.ª na posição global. O Basquetebol ucraniano sempre contou com grande expressão e popularidade e mesmo após a dissolução da União Soviética, em 1991, continuou a ser um adversário de peso, com Artem Pustovyi e Oleksandr Kovilar à cabeça nestes Qualifiers.

Falar do legado ucraniano é falar de nove participações em Europeus e de uma participação no Mundial (2014) nos últimos 34 anos, o que atesta bem a qualidade do país de Leste. Svi Mykhailiuk (Utah Jazz) e Alex Len (Los Angeles Lakers), os dois ucranianos a jogar na NBA atualmente, representam na liga norte-americana um país que tem como figuras máximas Anatoliy Polyvoda, Alexander Belostenny, Slava Medvedenko ou Vitaly Potapenko. Cada um deles deixou a sua marca na história do Basquetebol ucraniano, o primeiro foi inclusive campeão olímpico pela União Soviética, em 1972.

Já a principal competição do país, a SuperLiga da Ucrânia, foi criada em 1992 e atualmente disputa-se entre 10 diferentes emblemas. Não tendo a atuar nas suas fileiras os nomes de peso que a liga israelita tem, é uma plataforma de sucesso para o lançamento dos jovens atletas ucranianos por todo o mundo – inclusive para aqueles que, dia 24, vão defrontar Portugal.

Rafael Lisboa no último jogo contra a Ucrânia

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Bilheteira aberta para o Portugal x Ucrânia de dia 24

Está quase. Os Linces de Mário Gomes estão cada vez mais perto de garantir o terceiro apuramento para a fase final de um EuroBasket. Depois do sucesso de novembro passado, faltam somente duas batalhas: dia 21, fora (contra Israel, às 19 horas, transmissão RTP2); dia 24, na “Casa das Seleções”, o Centro de Desportos e Congressos (CDC) de Matosinhos, à mesma hora. A bilheteira abriu esta quarta-feira (12 de fevereiro), com ingressos a cinco euros, na plataforma Smartfan, e tu estás convocado para encher o pavilhão.

Seja para decidir o que irá ser escrito nos livros de História ou para festejar um eventual e ansiado apuramento, a Seleção Nacional vai ter pela frente a sempre forte Ucrânia, que ainda tem em aberto a qualificação para o Campeonato da Europa de 2025 – e apenas três dias após defrontar Israel. Uma vitória basta para garantir o apuramento e até pode nem ser necessária, caso a Ucrânia não vença um dos seus dois jogos.

Se assim for, Portugal garante uma posição entre os três primeiros classificados do Grupo A e avança para a fase final do Campeonato da Europa, pela quarta vez na história, a terceira da “era moderna”. É um palco que os lusos não pisam há 14 anos – mas a equipa está mais que pronta para “deixar a sua marca”.

E todos os que apoiam Os Linces também. Juntos – por Portugal.

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Miguel Queiroz frente à oposição eslovena

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Seleção Nacional: os eleitos de Mário Gomes para a decisão final

Primeiro, foi a vez delas. Agora, é a vez deles. A Seleção Nacional tem pela frente dois derradeiros duelos na janela de qualificação de fevereiro – a terceira e última -, para conquistar nova presença no EuroBasket, 14 anos depois. Mário Gomes, selecionador nacional, divulgou esta segunda-feira (10 de fevereiro) os 14 atletas que irá ter ao seu serviço para enfrentar a forte oposição de Israel e da Ucrânia, nos dias 21 e 24 deste mês de decisões.

A concentração de dia 16 vai reunir os seguintes atletas:

Nome Clube
André Cruz Sporting CP
Anthony da Silva Évreux Basket (França)
Cândido CB Cáceres (Espanha)
Daniel Relvão SL Benfica
Diogo Brito Club Ourense Baloncesto (Espanha)
Diogo Gameiro SL Benfica
Diogo Ventura Sporting CP
Francisco Amarante Alimerka Oviedo Baloncesto (Espanha)
Gonçalo Delgado FC Porto
Miguel Queiroz FC Porto
Rafael Lisboa Club Ourense Baloncesto (Espanha)
Ricardo Monteiro Vitória SC
Travante Williams CSM Oradea (Roménia)
Vladyslav Voytso Grupo Alega Cantabria (Espanha)

De recordar também a campanha de novembro, quando Os Linces venceram, em Almada, a hercúlea oposição da Eslovénia – e provando fora que merecem o terceiro apuramento da história do Basquetebol nacional masculino.

Conhece aqui o caminho traçado pelo coletivo das quinas até chegar a esta fase – atualmente no terceiro posto do Grupo A, lugar de qualificação e posição privilegiada, já que basta a Ucrânia não vencer o seu primeiro encontro (às 17 horas de dia 21) para Portugal se apurar.

O EuroBasket joga-se de 28 de agosto a 14 de setembro, em quatro países, mas, antes, o destino é Matosinhos, no dia 24 de fevereiro, às 19 horas, seja para jogar o duelo decisivo, seja para celebrar um apuramento histórico.

Gonçalo Delgado e Diogo Ventura

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Acreditações abertas para o Portugal x Ucrânia

Os órgãos de comunicação social e/ou profissionais de audiovisual que queiram estar presentes no encontro entre Portugal e a Ucrânia, a contar para a fase de qualificação para o EuroBasket 2025, e que vai decorrer no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, a 25 de fevereiro, já podem pedir acreditação junto do FIBA Media Portal.

Para requerer mais informações e em casos omissos, devem contactar o endereço de email acreditacoes@fpb.pt.

De recordar que a Seleção Nacional está em vias de se qualificar para o terceiro EuroBasket da sua história, estando integrada no Grupo A, quando ainda tem dois jogos por disputar.

 

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Philippe da Silva no +351: “Ver [o Tony] a representar a Seleção deixou-me orgulhoso”

Philippe da Silva leva a Seleção Nacional no coração. Primeiro, como jogador. Agora, como pai. O antigo internacional português, atual treinador do Nanterre, na principal liga francesa, foi o convidado do +351 desta semana e conversou com a FPBtv sobre o seu percurso no coletivo das Quinas (esteve nos EuroBasket de 2007 e 2011) e também sobre o orgulho que sente ao ver o seu filho mais velho, Anthony da Silva, a vestir as mesmas cores que vestiu há 14 anos.

 

 

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Ajuda-nos a escolher o Top5 de Triplos da SNM em novembro

Os Linces bateram-se olhos nos olhos com uma das melhores seleções da Europa e o trabalho em equipa foi fundamental para a vitória no primeiro jogo da janela de novembro. As nossas cinco melhores assistências dos dois encontros estão escolhidas, mas precisamos de ti para decidir a ordem final. Vota em baixo na tua preferência para este Top5 de Triplos e habilita-te a ganhar diversos prémios (entre eles, um bilhete duplo para o Portugal-Ucrânia de fevereiro).

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Seleção Nacional: eis os pré-convocados para o duplo encontro de Fevereiro

2007. 2011. 2025? Depois do sucesso de novembro, é agora tempo de decisões na qualificação portuguesa rumo ao EuroBasket. A preparação para a janela de fevereiro da Seleção Nacional só terá início no dia 16 de fevereiro, mas já foram hoje (16 de janeiro) conhecidos os pré-convocados de Mário Gomes para enfrentar, a 21 e 24 de fevereiro, a seleção de Israel, em Riga (Letónia), e a Ucrânia, e Matosinhos.

Eis os 23 pré-convocados:

Nome Clube
André Cruz Sporting CP
Anthony da Silva Évreux Basket (França)
Cândido CB Cáceres (Espanha)
Carlos Cardoso UD Oliveirense
Daniel Relvão SL Benfica
Diogo Araújo UD Oliveirense
Diogo Brito Club Ourense Baloncesto (Espanha)
Diogo Gameiro SL Benfica
Diogo Ventura Sporting CP
Francisco Amarante Alimerka Oviedo Baloncesto (Espanha)
Gonçalo Delgado FC Porto
José Barbosa SL Benfica
Miguel Queiroz FC Porto
Neemias Queta Boston Celtics (EUA)
Nuno AD Galomar
Pedro Bastos Vitória SC
Rafael Santos Club Ourense Baloncesto (Espanha)
Ricardo Monteiro Vitória SC
Rúben Prey Univ. St. John’s (EUA)
Sasa Borovnjak Antibes Sharks (França)
Sérgio Silva Sporting CP
Travante Williams CSM Oradea (Roménia)
Vladyslav Voytso Grupo Alega Cantabria (Espanha)

Conhece aqui o caminho trilhado pel’Os Linces até agora, com especial ênfase para a vitória inédita frente à Eslovénia, na janela de fevereiro.

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Ajuda-nos a escolher o Top5 de Layups da SNM em novembro

Os Linces bateram-se olhos nos olhos com uma das melhores seleções da Europa e o trabalho em equipa foi fundamental para a vitória no primeiro jogo da janela de novembro. As nossas cinco melhores assistências dos dois encontros estão escolhidas, mas precisamos de ti para decidir a ordem final. Vota em baixo na tua preferência para este Top5 de Layups e habilita-te a ganhar diversos prémios (entre eles, um bilhete duplo para o Portugal-Ucrânia de fevereiro).

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2007. 2011. 2025?

Ano novo, ambição redobrada. Portugal está cada vez mais perto de volta a fazer história e chegar ao seu quarto EuroBasket. Em 1951, num outro modelo competitivo, fomos convidados a participar no Europeu de Paris. Em 2007, já por mérito próprio, após apuramento, o destino foi Madrid (Espanha). Em 2011, Lituânia. Agora, o “sonho” é chegar ao Chipre, à Finlândia, à Polónia e à Letónia. E está cada vez mais perto.

Depois de duas janelas de sucesso, com vitórias em ambas e, mais recentemente, com duas prestações de luxo frente à Eslovénia (11.º mundial), a provar que a posição do ranking FIBA não é garante de resultados desportivos e que muito mais que isso conta efetivamente o “coração”, aproximamo-nos a passos largos da janela de fevereiro. A derradeira. Esperam ao coletivo das quinas dois encontros difíceis, mas o tão esperado apuramento pode ficar garantido já frente a Israel, fora de portas. Depois, recebemos, em casa, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, a congénere da Ucrânia. Se a classificação final do Grupo A não ficar decidida a 21 de fevereiro, só no dia 24 é que teremos a confirmação se estaremos ou não no Campeonato da Europa de 2025; se ficar, contamos com o CDC cheio para aplaudir este grupo de jogadores que tanto se têm dedicado a representar Portugal.

Mas, afinal, qual foi o caminho para aqui chegar?

Tudo começou em agosto de 2022, na segunda ronda da pré-qualificação, fase onde Portugal entrou diretamente como uma das equipas que caíram na qualificação para o Mundial. No nosso grupo estavam as seleções da Roménia, Chipre e Bulgária – estes últimos foram mesmo o único desaire dos portugueses, que venceram cinco dos seis encontros disputados, com excelência (Travante Williams e Neemias Queta, que fez dois jogos, foram os melhores do coletivo das Quinas nesta fase). Parece que pertence esta ronda a um passado distante, mas de assinalar, dado o momento crucial que vivem os comandados de Mário Gomes na atual fase de qualificação, que começou em fevereiro de 2024.

Iniciava-se uma longa campanha para o conjunto das quinas, com um eclético grupo de atletas e um professor Mário Gomes que falava de uma “competição curta, mas muito espaçada no tempo”, sem esperar que a ultimíssima qualificação ficasse resolvida antes de fevereiro de 2025, um ano depois.

E o início foi promissor. A Seleção deslocou-se a Riga, na Letónia, para jogar contra a Ucrânia em campo emprestado. Os Linces estiveram por cima durante todo o encontro, os ucranianos ainda conseguiram recuperar algum terreno, mas não chegou e, com Travante Williams a ser decisivo no boxscore, levámos de vencida o adversário (70-72).

Dias depois, jogámos em casa. Mais precisamente no Multidesportivo de Odivelas, onde recebemos a congénere de Israel, em mais um encontro com lotação esgotada e com o apoio imensurável dos portugueses. Foi até aos últimos segundos uma vez mais, mas, infelizmente, não chegou, e os israelitas saíram de Lisboa com a primeira vitória – 77-79.

@fpbasquetebol A playlist pré-jogo está pronta e a Seleção já aquece para o jogo com a Eslovénia Consegues adivinhar o que é que anda a rodar nos fones dos ? (PS: Fica atento para a parte II ) #SomosBasquetebol #GigantesDePortugal #OsLinces #EuroBasket #MakeYourMark #fpb #fyp #foryou #sports #basketballtiktok #TikTokDesporto #fypシ゚viral ♬ som original – FPB


Seguiu-se depois a janela de novembro de 2024.

Quiçá a dupla jornada mais complicada que este coletivo das quinas terá pela frente em toda a fase de qualificação. Afinal, tinha pela frente a 7.ª melhor equipa da Europa; a 11.º mundial no ranking da FIBA de agosto. Portugal era 28.º europeu, 55.º mundial, mas os rankings de nada interessam quando se tem atitude, garra, vontade e um “sonho” para o qual não há outra definição possível: vencer. Mário Gomes tinha avisado que, “conseguindo competir”, conseguiríamos ganhar. Em Almada, no dia 22 de novembro, ousou-se fazer do impossível uma possibilidade. O capitão Miguel Queiroz tinha total confiança neste grupo: “Queremos ser a primeira equipa portuguesa a vencer a Eslovénia”. A equipa correspondeu. Ao intervalo, Portugal vencia por 25 pontos e já estava nas bocas do mundo. No final dos quarenta minutos, oito pontos separavam os lusos dos eslovenos. Até ao fim, como tão habituados estamos. Até ao fim para garantir a vitória.

“Pareceu fado, de tão sofrido”, escrevia o periódico A Bola. “Sonho europeu mais vivo do que nunca”, disse o jornal O Jogo. “Portugal faz história”, era o título do Record no dia seguinte. Nunca tal feito tinha sido possível. Aleksandr Sekulic, técnico esloveno, falou na conferência de imprensa de uma “primeira parte desastrosa” e isso, a par da ineficácia eslovena, levou “muita gente a pensar que ‘foi só um jogo’” (Mário Gomes), que a equipa dos Balcãs não estava nos seus melhores dias, que faltava Luka Doncic, que Klemen Prepelic (melhor marcador do encontro e até à data da prova) já não tinha estofo para liderar a Seleção.

Pois no dia 25 de novembro a Seleção Nacional voltou a provar “que efetivamente temos Basquete para competir a este nível”. Na Arena Bonifika, em Koper, nunca se baixaram os braços. Uma atitude tremenda num pavilhão onde os únicos portugueses estavam com a comitiva nacional, com 3000 fãs eslovenos a apupar cada lance-livre, mas a verdade é que, no final do encontro, um ponto apenas separava Portugal da Eslovénia. Desta feita, não caiu para o lado luso. Nem todas caem, nestes jogos que se disputam até ao fim. Mas estavam firmados os alicerces para que um país inteiro acreditasse nos Linces tanto quanto eles acreditam em si próprios.

E agora?

Agora queremos estar no EuroBasket 2025. Pela frente, dois duelos. Israel (21 de fevereiro, em Riga) e Ucrânia (24 de fevereiro, em casa). Uma vitória basta para garantir o apuramento e até pode nem ser necessária, caso a Ucrânia não vença mais que um jogo – está até agora sem qualquer vitória.

Se assim for, Portugal garante uma posição entre os três primeiros classificados do Grupo A e avança para a fase final do Campeonato da Europa, pela quarta vez na história, a terceira da “era moderna”. É um palco que os lusos não pisam há 14 anos – mas a equipa está mais que pronta para “deixar a sua marca”.

E todos os que apoiam Os Linces também. Juntos – por Portugal.

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Philippe da Silva: “[A Seleção Nacional] tem o destino nas mãos”

Em fevereiro passado, na antecâmara da estreia portuguesa na atual fase de Qualificação para o EuroBasket 2025, a FPB esteve à conversa com o internacional português Philippe da Silva. O base, atual treinador na principal liga francesa, foi uma das “figuras” da equipa nos dois últimos EuroBasket (2007 e 2011). “Figura”, não, aliás, que essa é uma palavra que Philippe da Silva considera algo “arrogante”. Ele é “somente” um internacional português com desmedida experiência, um treinador de excelência e símbolo de anos de dedicação. E foi essa humildade que passou ao filho – o “nosso” Anthony da Silva, que se estreou pela Seleção no Verão, em pleno II Torneio Internacional de Guimarães, e que carimbou a primeira internacionalização “oficial” nesta última janela de novembro, com uma excelente exibição na Eslovénia.

Queria começar por perguntar o que achou o Philippe da prestação do Anthony?

Antes de falar do Tony, começar por dizer que trabalho que está a ser feito com o Mário Gomes à frente da equipa está a ser excelente. Esta geração está a crescer, está a ganhar maturidade, a assimilar-se um bocadinho àquilo que eu próprio vivi em termos de espírito da equipa. De fora, pelo menos, vê-se uma equipa muito unida, muito trabalhadora. E por isso a vitória contra a Eslovénia foi só o consolidar do trabalho que está a ser feito.

E mesmo o desaire fora…

Eles mereciam ganhar, se não fosse por detalhes… no segundo jogo acho que foi ainda aquela falta de maturidade, de experiência, de estarem assim tão próximos de ganhar um jogo contra uma grande equipa, em campo do adversário. No entanto, acho que eles estão no caminho certo para atingir o objetivo, esta equipa está a melhorar dia para dia e a cada jogo que passa.

 

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Falou antes que esta Seleção se está “a assimilar um bocadinho àquilo” que o Philippe viveu “em termos de espírito da equipa”. São memórias que guarda com carinho desses EuroBasket em que participou?

Foi um momento incrível para nós. Eu tenho imagens de quando nos conseguimos apurar – chegámos ao hotel, um monte de gente à nossa espera e era um bocadinho surpresa, naquele momento, porque nós dependíamos do resultado de Espanha. A Croácia tinha de ganhar à Espanha, [ganhou] e por isso nós passámos à segunda fase. E quando chegámos ao hotel, estava um monte de gente à nossa espera, nem pudemos festejar com eles, porque já tínhamos à nossa espera o comboio que ia para Madrid. Foram emoções fortes com aquelas pessoas que nos apoiaram, tive muito gosto em poder aproveitar e poder partilhar aqueles momentos com aquelas pessoas. Foram sem dúvida momentos para a História.

E depois, na própria competição, com o melhor resultado de sempre de uma Seleção lusa…

Sim, a Croácia, na segunda fase, estava a depender do nosso resultado contra Israel. E eles entraram, cruzaram-se conosco a dizer: “Por favor, ganhem a Israel, assim nós também vamos aos quartos de final” (risos). São sempre momentos incríveis quando nós representamos o nosso país, damos tudo. Ficam para a memória, porque é um nível muito alto, jogas contra equipas muito boas, com jogadores que têm o hábito de estar a esse nível e por isso só podes ganhar experiência com estas competições.

O Antony mostrou-nos algumas fotos dele, consigo, nesse EuroBasket. Se lhe perguntassem, na altura, se gostava que o seu filho fosse jogador de Basquetebol, como o pai, teria dito que sim?

Eu tenho a felicidade de ter dois filhos que estão, por enquanto, no caminho do Basquete. Eu nunca puxei por eles, porque eles próprios gostam daquilo e querem tentar ir o mais longe possível. E o Tony, desde bebé, no carrinho, ele estava sempre nos treinos e começou muito, muito cedo com uma bola na mão. Por isso não tinha dúvidas que o Tony ia tentar ser profissional de Basquetebol.

Mas nem todos os que o sonham, de facto o conseguem…

É dedicação, porque é preciso dedicar-se e é preciso muito sacrifício, e é verdade que, naqueles momentos, porque ele tinha seis anos e com seis anos já começas a perceber alguns valores e eu acho que aquela equipa [de 2007], aquelas pessoas com quem nós partilhamos muitos momentos, e o Tony estava sempre conosco, sempre comigo, ajudou efetivamente a que fosse um objetivo para ele. A dizer: “Eu quero ser como o pai, quero tentar ser um jogador de Basquetebol e quero tentar estar nestes momentos”.

Esteve nos grandes palcos desde cedo.

Ele tem recordações, fotos com o Paul Gasol, o Marc Gasol, o [Juan Carlos] Navarro, e foram alguns momentos que ele partilhou com eles, e se calhar isso também ajudou na cabeça do miúdo, acrescenta também a motivação para tentar ser um dia jogador profissional. Eu, como pai, só posso ter orgulho nele, porque o carinho que eu tenho pela Seleção e por Portugal é muito forte, e estou muito orgulhoso por o Anthony representar a Seleção Portuguesa e, claro, se ele puder lutar para ter lugar no EuroBasket, será para mim também um orgulho muito grande.

Philippe da Silva é actualmente treinador da equipa francesa do Nanterre 92

O Philippe, no fundo, foi o primeiro treinador do Anthony. Que conselho é que lhe deu que acha que ele nunca abandonou até hoje? Qual é que foi o seu melhor conselho?

Humildade e respeitar-se a si próprio. Dedicação – tentei passar essa mensagem e eu acho que é o mais importante, porque muitas pessoas dizem, eu quero ser profissional, mas as palavras não chegam, é preciso muito trabalho, é preciso muita dedicação e eu acho que estes valores que o Tony tem – e assimilou-os desde miúdo, porque eu não conheço muito miúdos com 14 anos a sair para fora de casa e a ir para um país completamente diferente, onde não falava a língua e foi para a Espanha com 14 anos, deixou o pai, deixou a mãe, deixou os amigos, deixou toda a sua família para tentar atingir um objetivo e isso demonstra muito carácter e muita dedicação e muito trabalho.

De antigo jogador, passou a ser treinador, um trajeto relativamente comum. Acha que os antigos jogadores podem ter aqui um papel a ajudar no desenvolvimento destas jovens figuras?

Sim, penso que sim. Nessa figura de antigo jogador, que continua a ajudar o Basquete a crescer. Por exemplo, em Espanha tens sempre a imagem do Pau Gasol. Eu não gosto muito do termo “figuras”, porque é um bocadinho arrogante, mas aquelas pessoas que têm experiência de alto nível, claro que podem contribuir, ajudar a desenvolver ainda mais o Basquete. Nós temos o Neemias [Queta], temos a Ticha [Penicheiro], e eu acho que está a ser feito esse trabalho pela Federação, vi uma entrevista ao Miguel [Miranda], ao [José] Figueiredo. Se houver mais partilha entre nós, só temos todos a ganhar, e é realmente com muita humildade que eu digo isso, porque quem fica a ganhar é o Basquetebol.

Para fechar, tem aqui uma palavrinha sobre este possível apuramento, uma palavra de motivação, de alento, o que é que teria para dizer a este grupo, antes da janela de fevereiro?

Continuar a acreditar, que é muito importante. Nós tivemos uma situação muito similar [à da última janela], estivemos muito próximos de apurar antes do último jogo, tínhamos ganho à Macedónia por 20 pontos e infelizmente perdemos por 21 ou 22 lá, e pode haver uma quebra em termos de confiança, por isso é acreditar sempre, porque eles têm toda a qualidade para o conseguir, já o demonstraram e têm o destino deles nas mãos.

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Manuel Fernandes sobre a vitória frente à Eslovénia: “Foi uma epopeia”

“Os nossos atletas demonstraram uma determinação, uma vontade e um querer [enormes] e com esta atitude era muito difícil perdermos”. O presidente da FPB, Manuel Fernandes, foi um dos entrevistados da FPBtv após a vitória “extraordinária, que não passava pela cabeça de quem acompanha o Basquetebol”, frente à Eslovénia, “uma recente campeã europeia”, no dia 22 de novembro, em Almada.

Todos os entrevistados assim o corroboram. João Santos, que integrou a Seleção Nacional nos EuroBasket 2007 e 2011, e o terceiro português mais internacional de sempre, fala de um resultado histórico e deixa uma “mensagem” aos atletas: (…) É continuar a trabalhar, honrar a camisola. Jogarem com gosto pela Seleção e acreditarem que é possível chegarem sempre muito mais longe do que aquilo que muitas vezes parece que é [possível]”.

Mário Palma, selecionador nacional à data desse Campeonato da Europa, faz também “um excelente balanço” e ressalva o “trabalho extraordinário na defesa, a equipa eslovena parecia uma equipa secundária na primeira parte”. “A Seleção está a melhorar de dia para dia e hoje [22 de novembro] provou que o trabalho que está a ser feito merece ser recompensado”.

Em Almada estiveram mais de 2500 pessoas a assistir, e muitas mais através da RTP2. “A atmosfera estava fantástica e também estão de parabéns todos os que aqui estiveram”, frisou o presidente da FPB.

Já o ex-árbitro Fernando Rocha, que recebeu no intervalo do encontro a Medalha de Mérito Desporto, pelas mãos da Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade, Carla Mouro, afiançou que “é sempre uma honra e um orgulho receber uma distinção destas e estar presente num pavilhão repleto, a assistir a um jogo de Portugal, junto das pessoas do Basquetebol”. E aproveitou ainda para traçar um paralelismo entre a Seleção e a sua carreira na arbitragem: “O trabalho, a persistência, a vontade nos superarmos, [saber] que as coisas são possíveis e, portanto, nunca desistir”.

Assim o fará a Seleção Nacional, tão perto de se voltar a apurar para um EuroBasket. Confere aqui a reportagem na íntegra:

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Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Legenda

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Miguel Maria

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